Tentativas de ataques virtuais crescem 75% na pandemia, diz estudo

O maior vazamento de dados do qual se tem notícia até hoje, com dados de 220 milhões de brasileiros expostos, trouxe à luz a importância do tema. Mas, ainda há um longo caminho a trilhar até a cibersegurança se tornar uma preocupação essencial dentro das empresas. Em números, um estudo da Minsait, empresa da consultoria espanhola Indra, mostra que o número de tentativas de ataques virtuais cresceu 75%, ao mesmo tempo em que 35% das organizações na América Latina e Europa reduziram o orçamento para a segurança digital no último ano. Como resultado, 70% das organizações observaram um aumento significativo nos casos de ataques e ameaças em seus sistemas.

Para ter uma ideia do tamanho do mercado vulnerável à fraude, a consultoria espanhola mostra que aproximadamente 80% das grandes empresas não estão preparadas para a continuidade de negócios. Falta, principalmente, treinamento: quase todas (95%) as violações de segurança ocorrem por negligência com cuidados básicos no meio digital.

Essa combinação pode produzir resultados cada vez mais desfavoráveis. Um relatório produzido pela Interpol mostra que 907 mil mensagens de spam, 737 incidentes relacionados a malware e 48 mil URLs maliciosos – todos relacionados ao covid-19 – foram detectados por um dos parceiros da instituição no setor privado. Para aumentar ganhos, cibercriminosos vão atrás justamente de grandes corporações, governos e agentes de infraestrutura crítica (como o setor elétrico, por exemplo), uma vez que têm um claro senso de urgência para resolver incidentes de forma rápida.

Para Eduardo Almeida, CEO da Indra Minsait, esse é um cenário preocupante, mas diferentes empresas já despertaram para a necessidade de investimento em cibersegurança.

“A LGPD desempenha um papel essencial na consciência das empresas sobre as ameaças cibernéticas e, agora, elas estão começando a despertar para isso. É claro que alguns setores estão mais adiantados nessa corrida, como o varejo e o setor financeiro, mas, em contato com diferentes companhias, vemos que neste momento, muitas estão se reorganizando para reforçar a segurança digital. Nós também fazemos parte desse movimento e, em 2021, vamos aumentar em 64% o investimento em segurança cibernética”, afirma.

O que empresas estão fazendo

Diferentes companhias já davam pistas dessa mobilização, antes mesmo do megavazamento de dados. No setor financeiro, a Mastercard anunciou em 2020 uma solução de inteligência artificial para detectar riscos e vulnerabilidades de clientes contra ataques e fraudes que geral prejuízo bilionário. Com esses recursos, bancos poderão ajudar comerciantes a entender seus próprios riscos, além de identificar e priorizar ameaças.

De menor porte, a Nexxera, especialista em meios de pagamentos para empresas, implantou soluções para conter esse tipo de fraude, com treinamentos para os colaboradores e webinar explicando sobre o tema, além realizar campanhas nas redes sociais orientações para evitar que colaboradores e clientes caiam nesse tipo de golpe.



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