Transporte público pode ser novo vilão da inflação em 2022

Depois de um ano marcado pelo aumento nos preços dos combustíveis, da energia elétrica e dos alimentos, 2022, ano de eleição, deve ganhar um novo candidato a vilão da inflação: o transporte público.

A alta no preço do diesel, a redução de passageiros transportados na pandemia e a pressão por reajustes salariais de motoristas e cobradores colocam os governos locais diante de uma equação difícil: elevar fortemente a passagem — acima dos R$ 0,20 que geraram protestos em 2013 — ou conceder subsídios a empresas de ônibus, trens e metrô.

Estimativas de empresas e especialistas apontam que repassar os custos para a tarifa paga pelo passageiro significaria aumentos de 40% a 50% — a passagem média do Brasil é de R$ 4,01, segundo as operadoras.

A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) diz que aumentos desproporcionais, como a alta de 65% do diesel nas refinarias, afetam a operação e ampliam o déficit das empresas, que foi de R$ 17 bilhões apenas durante a pandemia.

Com o IPCA acumulado em 12 meses de 10,25% até setembro, é considerado inviável repassar integralmente o reajuste à população, que viu sua renda encolher, principalmente os mais pobres.

O aumento pressionaria mais a inflação no momento em que o Banco Central tem aplicando doses sucessivas de alta de juros para conter a escalada de preços e cumprir a meta do próximo ano, que é de 3,5%, podendo chegar a 5% no teto da meta. Já os subsídios poderiam sangrar contas públicas de prefeituras e governos estaduais.



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