Três passos para colocar em prática o business agility

Numa era de novas tecnologias e modelos de negócios disruptivos, a frase de Charles Darwin nunca fez tanto sentido: “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”.

Está em jogo a competência de uma organização para antecipar tendências e necessidades, adaptar-se às mudanças do mundo e acelerar transformações do negócio, o que passa, mas não termina, no investimento em novas tecnologias.

“Antecipar, adaptar e acelerar: este é o triplo A que usamos para definir o conceito de business agility”, afirma Edivandro Conforto, Líder de Business Agility & Transformation na Accenture.

Não que o termo seja novo. Desde a década de 1970 já há empresas desenvolvendo práticas ágeis. Mas a virada do milênio marcou o momento em que processos como scrum, kanban e gestão lean deixaram de ser apenas uma forma de trabalhar da “área de TI” para entrar para a estratégia do negócio como um todo.

Hoje todo mundo quer ser digital e se beneficiar dessa transformação. É preciso perceber que, além da tecnologia, há um mindset de agilidade e uma obsessão pelo serviço por trás das grandes referências como Amazon, Apple, Facebook, Google, Microsoft, Netflix e Salesforce.

A década da gestão ágil

Com a pandemia, iniciou-se o que os especialistas estão chamando de a década da gestão ágil. A necessidade de adaptação das empresas tornou-se urgente, uma questão de sobrevivência.

“Quem ainda não começou a rever seus processos, está atrasado”, diz Conforto. Além da experiência de mercado, a opinião do executivo baseia-se na pesquisa Business Agility Report, conduzida pela Accenture, que examinou dados de 359 organizações, abrangendo 28 setores e 53 países.

Em comparação com o ano de 2019, o estudo observou mais organizações iniciando seus negócios com jornadas ágeis e uma percepção de maturidade neste processo muito maior (aumento médio de 15% pós-covid-19). Entre os aspectos percebidos estão mudanças nos recursos humanos, mais foco no cliente e mais projetos envolvendo práticas ágeis.

Por onde começar

Do mesmo estudo, podemos entender que uma mudança em direção a uma gestão mais ágil depende da percepção da liderança do impacto sistêmico que ela provoca. Processos, práticas, atitudes e valores de negócios enraizados não mudam fácil ou rapidamente.

Um dos maiores desafios relacionados ao tema comentados pelo líder de Business Agility & Transformation na Accenture Brasil, Edivandro Conforto, é ter foco em processos. “A transformação ágil é uma jornada contínua para ganhar flexibilidade, aprender rápido, preparar pessoas, ter processos e estruturas de comando abertas a mudanças”, diz ele.

Conforto destaca ainda que o modelo do budget anual precisa ser repensado para dar mais autonomia para os times pilotarem inovações. “As pessoas não querem mais trabalhar em modelos engessados, onde não podem criar.”

Por fim, é importante trabalhar no que o executivo chama de “fluxo de valor”. “Significa quebrar a visão hierarquizada e de silos das empresas, com metas de desempenho que refletem uma visão compartilhada de sucesso.”



Continue lendo

Recomendados

Desenvolvido porInvesting.com
Negócios, Todos

Notícias relacionadas

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha esse campo
Preencha esse campo
Digite um endereço de e-mail válido.
Você precisa concordar com os termos para prosseguir

Menu