Um basta dos economistas: “o governo federal precisa mudar de rumo e agir”

Screen Shot 2016-10-10 at 5.44.07 PM CLAUDIO FRISCHTAK: Economista fala sobre a importância de aproximar o setor privado das políticas públicas

CLAUDIO FRISCHTAK: Economista fala sobre a importância de aproximar o setor privado das políticas públicas (Germano Lüders/Exame)

Tudo começou no WhatsApp. Atônitos com a escalada tétrica da pandemia no Brasil, com quase 300 mil mortos, economistas que debatem em diferentes grupos da rede social – em especial, no grupo Economistas do Brasil, com mais de 200 membros – passaram a vocalizar a necessidade de uma carta sóbria, sem panfletagem, com críticas ao combate da pandemia no país.

O resultado foi um documento duríssimo de quase 2.700 palavras, divulgado no domingo, 21, e que já foi assinado por mais de 1.500 economistas, empresários e ex-membros do alto escalão do setor público. Entre eles estão Armínio Fraga e Ilan Goldfajn, ex-presidentes do Banco Central; Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles, co-presidentes do conselho de administração do Itaú Unibanco; e Luis Stuhlberger, gestor da Verde Asset. Também assina o documento Arthur Mota, economista da EXAME Invest Pro.

O carioca Cláudio Frischtak, sócio da consultoria Inter.B, é um dos cinco economistas que redigiram a carta – em parceria com Sandra Rios (do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento), Thomas Conti, Marco Bonomo e Paulo Ribeiro (os três últimos são professores da escola de negócios Insper).

Em entrevista à EXAME, Frischtak diz que, embora a carta não cite nominalmente nenhuma autoridade, implicitamente as críticas são direcionadas ao presidente Jair Bolsonaro e aos ministros que deveriam protagonizar o combate da pandemia, como o da Saúde e o da Educação, dado o impacto na vida de milhões de estudantes fora das escolas.

“Hoje, vivemos a exceção da exceção. Temos um líder que não se convence diante das evidências, pelo contrário, apela para notícias falsas e indícios completamente contestáveis. Ele ouve algo e fica repetindo coisas que não fazem sentido. Isso causa um dano colossal”, diz Frischtak, que tem doutorado em economia na Universidade Stanford, nos Estados Unidos, e por mais de uma década trabalhou no Banco Mundial.

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