Uma gigante de olho nas PMEs: como a Intuit quer crescer 100% ao ano até 2025

Fazer gestão financeira no país que mais demanda tempo para pagar impostos é uma tarefa complicada. Para quem está começando a abrir uma empresa e, muitas vezes, não tem o suporte adequado, pode ser uma tarefa mais complicada ainda — de acordo com uma pesquisa conduzida pelo Sebrae, 77% dos microempreendedores nunca fizeram cursos ou treinamentos de administração financeira.

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De olho em resolver o problema dos pequenos empresários, a gigante de tecnologia Intuit vê espaço de sobra para expandir no país. Criada no Vale do Silício em 1983, a companhia com valor de mercado de US$ 106,78 bilhões desembarcou no Brasil há cinco anos e, agora, estabelece planos ambiciosos: quer crescer 100% ao ano até 2025 e dominar 25% do mercado de gestão financeira para PMEs até lá.

“Hoje, se você somar todas as empresas que atuam dentro desse nicho [gestão financeira para PMEs], juntas, elas têm 5% do total do mercado. Há espaço de sobra para crescer, especialmente focado em tecnologia em produtos financeiros, que é o nosso principal ponto para consolidar nossa presença por aqui”, afirma Davi Viana, country manager da Intuit, em entrevista exclusiva à EXAME.

De acordo com dados do Ministério da Economia divulgados no fim do ano passado, os MEIs representam 55% dos negócios ativos do país e quase 80% das empresas abertas no segundo quadrimestre de 2020. Parte do crescimento do número de novas micro e pequenas empresas está relacionado à pandemia – que provocou o fechamento de mais de 700 mil empresas até junho do ano passado, de acordo com o IBGE.

Especialmente na pandemia, a atenção a esse público é fundamental. Com o fim do auxílio emergencial e da MP 936 – que permitiu a redução de salários e jornadas de trabalho – o espaço para ajudar companhias desse porte a superarem a inadimplência aumenta consideravelmente. Em uma pesquisa feita pelo Sebrae, em novembro, 47% dos donos de pequenos negócios haviam manifestado muita dificuldade para manter suas empresas em operação.

Para ajudar empresas — especialmente nessa fase –, a principal estratégia da companhia é expandir o uso do Quickbooks. O software de contabilidade permite às empresas acompanhar seus relatórios financeiros e fluxos de caixa, acompanhar o status de contas a pagar e a receber, importar extratos bancários, entre outras funções.

Como forma de estimular o uso da ferramenta no país, o executivo afirma que a empresa reduziu consideravelmente o preço pelo uso do software – praticando preços que não seriam possíveis em outra ocasião. “A gente realmente quer dar a mão para o empreendedor. Isso está muito alinhado com a missão que a gente tem, de ser um parceiro para que ele possa fazer sua gestão financeira rapidamente e ter tempo de focar no propósito do seu negócio”, afirma Viana.

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