Comissão tenta provar que existe algum tipo de crime na existência de um suposto gabinete paralelo
Por Márcio de Freitas*
A Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia continua ouvindo pessoas esta semana para tentar comprovar a existência de um gabinete paralelo. O assessor do Palácio do Planalto Filipe Martins e o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) serão os alvos dos senadores nessa tentativa de reforçar a presença de um aconselhamento alternativo junto ao presidente Jair Bolsonaro.
Vídeos, depoimentos anteriores e documentos colhidos reforçam essa tese. A suposição pode contribuir para indicar erros eventuais de grupos que não tinham conhecimento técnico ou científico para orientarem o governo, nem o presidente. A questão é se há algum tipo de crime nisso, o que é uma polêmica de razoável tamanho. Mas isso é diferente de atos ou omissões de governo diante de catástrofes ou calamidades públicas. Provar a intencionalidade diante desse tipo de aconselhamento é um trabalho que tem que eliminar qualquer elemento de subjetividade para ficar de pé.
Outra linha, e traçada com maior cautela porque necessita cruzar dados, é levantar sigilos e comprovar algum tipo de vantagem obtida de forma indevida por alguém na relação com o governo. É por isso que foi convocado o empresário Francisco Emerson Maximiano, da Precisa Medicamentos. Os senadores querem mostrar que a relação entre Maximiano e Bolsonaro pode não estar dentro da ordem legal. É operação complexa e delicada.
Com audiência em baixa no noticiário, a CPI pode enveredar por caminhos novos e acabar trabalhando, de fato, temas que chamem a atenção da mídia e do público. Nesse momento, ou ela vai em frente… ou estaciona na pizzaria.
*Márcio de Freitas é analista político da FSB Comunicação
Siga a Bússola nas redes: Instagram | Linkedin | Twitter | Facebook | Youtube
Obrigado por ler a EXAME! Que tal se tornar assinante?
Tenha acesso ilimitado ao melhor conteúdo de seu dia. Em poucos minutos, você cria sua conta e continua lendo esta matéria. Vamos lá?
Falta pouco para você liberar seu acesso.
exame digital
R$ 3,90/mês
- R$ 9,90 após o terceiro mês.
- Acesse quando e onde quiser.
- Acesso ilimitado ao EXAME Invest, macroeconomia, mercados, carreira, empreendedorismo e tecnologia.
exame digital anual
R$ 99,00/ano
- R$ 99,00 à vista ou em até 12 vezes. (R$ 8,25 ao mês)
- Acesse quando e onde quiser.
- Acesso ilimitado ao EXAME Invest, macroeconomia, mercados, carreira, empreendedorismo e tecnologia.
4168911