Melvin Berry, ex-funcionário da Tesla, alegou que seus supervisores usaram inúmeras vezes uma palavra racista ao chamá-lo
A empresa de tecnologia Tesla, de Elon Musk, foi condenada a pagar uma indenização de 1 milhão de dólares ao ex-funcionário Melvin Berry após ele apontar que seus supervisores usaram inúmeras vezes uma palavra racista ao chamá-lo.
Berry, que trabalhou na Tesla entre 2015 e 2016, alega ter confrontado os superiores e, com isso, sido forçado a trabalhar mais horas. Em entrevista à Bloomberg, o ex-funcionário disse que está num processo de cura e agora foca na saúde mental após ter desenvolvido um quadro depressivo, com episódios de ansiedade e síndrome do pânico.
A decisão da Justiça ocorre após outros relatos de racismo na Tesla, incluindo denúncias de suásticas desenhadas nos banheiros da companhia.
Em 2017, a Tesla negou as alegações de Berry e de outros funcionários, afirmando que a empresa “é absolutamente contra qualquer forma de discriminação, assédio ou tratamento injusto de qualquer tipo”. Desta vez, nenhum comunicado foi oficializado.
O caso de Berry chama atenção por ser raro a justiça americana favorecer o empregado que relata racismo. No Brasil, muitas vezes, as denúncias de racismo também não chegam a ser prescritas conforme sugere a lei.
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