Abertura no comércio: rodízio para alcançar o equilíbrio

Não há dúvidas de que a imunização da população seja a solução para o fim da pandemia e a retomada econômica do Brasil e do mundo. Também é indiscutível que o uso de máscaras, a limpeza frequente das mãos e o distanciamento social ajudem a frear a disseminação do vírus. No entanto, a paralisação de certas atividades econômicas, além de não interferir diretamente no controle da pandemia, é feita sem clareza em relação aos critérios adotados e potencial de risco à saúde da população.

Desde o início da pandemia, os shopping centers do país passaram meses fechados em cumprimentos a decretos municipais e estaduais. Só no estado de São Paulo, principal mercado do segmento, os empreendimentos ficaram proibidos de funcionar por aproximadamente 130 dias. Já em Minas Gerais, os shoppings chegaram perto de 190 dias de portas cerradas. 

O comércio em geral paga a conta pela pandemia, sem qualquer contrapartida ou auxílio financeiro. Os governos têm anunciado recursos para as empresas, mas devido à burocracia e a uma série de exigências, o dinheiro não chega com facilidade. Não há diferimento, parcelamento ou descontos de impostos. O setor de shopping, mesmo fechado ou operando com severas restrições, pagou, somente no Estado de São Paulo, mais de R$ 1,2 bilhão em IPTU em 2020. Enquanto isso, mais de 60% das atividades da economia continuam funcionando.

Não há critérios claros sobre quem fecha e quem abre. Os governos selecionam arbitrariamente os negócios que irão viver ou morrer. Em alguns Estados, mesmo com a ocupação de leitos de UTI maior do que em outros, o comércio segue aberto. Da mesma forma, há estados com taxas de infectados por 100 mil habitantes maiores que outros e que seguem abertos. Além disso, o que define quem abre e quem fecha? Quais os critérios?  

Por que a construção civil, por exemplo, é tão essencial neste momento? Por que desde o início da pandemia, a indústria não precisou parar suas atividades nem mesmo por uma semana? Também podemos citar os campeonatos de futebol que não colocam somente a saúde dos atletas e profissionais que participam dos jogos em risco. Em dias de disputa, as aglomerações surgem nos bares de esquina e nas casas dos torcedores que não querem assistir o espetáculo do seu time do coração sozinhos. Essas incertezas geram inseguranças e dúvidas nos empresários. 



Continue lendo

Recomendados

Desenvolvido porInvesting.com
Infraestrutura, Todos

Notícias relacionadas

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Preencha esse campo
Preencha esse campo
Digite um endereço de e-mail válido.
Você precisa concordar com os termos para prosseguir

Menu