Brasil amplia capacidade instalada de geração de energia solar

O Brasil acaba de ultrapassar a marca histórica de 12 gigawatts (GW) de capacidade instalada de fonte solar fotovoltaica, em grandes usinas e em sistemas de geração de pequeno e médio portes instalados em telhados, fachadas e terrenos, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

O país, recentemente, ultrapassou a marca de 700 mil unidades consumidoras com geração própria de energia de fonte solar. Mas ainda que o uso venha crescendo, essa é a realidade de apenas 0,8% dos mais de 87,5 milhões de consumidores de eletricidade do país.

E tem mais: a maior parte daqueles que já adotam a energia solar é o consumidor residencial (75,5% do total). A boa notícia é que algumas empresas saíram na frente e vêm se destacando.

É o caso da Swift, empresa do grupo JBS e referência em alimentos congelados, que adotou a energia solar em 100% de sua rede de lojas no Brasil. O projeto é uma parceria com a Âmbar Energia, empresa do grupo J&F, que atua desde a geração até a comercialização de energia.

“Desenhamos um plano arrojado de implementação, por estarmos comprometidos com o planeta e entendermos que essa é uma opção muito mais sustentável”, afirma Raphael Jacob, CFO e responsável pelos programas de sustentabilidade da Swift. “A energia solar pode ser usada de forma abundante no nosso país sem afetar o meio ambiente. Trata-se de uma fonte limpa e renovável que conta com equipamentos de longa durabilidade e que requerem pouca manutenção”, destaca.

Os painéis fotovoltaicos, responsáveis pela captação do sol e geração da energia limpa, já estão funcionando nas lojas da Swift e serão instalados em todas as unidades da rede que serão inauguradas até 2025. O programa envolveu, até aqui, investimento de R$ 150 milhões pela Âmbar Energia, responsável por operar o sistema.

Marcelo Zanatta, presidente da Âmbar Energia, diz que a parceria com a Swift marca uma nova fase na história da companhia. “Esse projeto representa um dos focos de atuação da companhia, com investimentos em energia renovável e a oferta de soluções customizadas de energia mais barata, mais sustentável e mais segura para clientes de todos os portes”, afirma.

Placas fotovoltaicas para captação de energia solar são instaladas nos telhados das lojas Swiff

Placas fotovoltaicas para captação de energia solar são instaladas nos telhados das lojas Swiff (JBS/Getty Images)

Além de adotar energia limpa em todas as lojas da rede, a Swift concluiu a transição para que 100% de suas vans de comércio em condomínios tenham seus sistemas operacionais e iluminação abastecidos por eletricidade gerada por energia solar.

Os 40 veículos, conhecidos como lojas móveis e que atuam no estado de São Paulo, receberam a instalação de placas fotovoltaicas para captação de energia solar. A expectativa é eliminar uma emissão correspondente a 79 toneladas de CO2 por ano.

Além dos telhados das lojas e das vans da Swift, o programa de energia solar inclui a construção de micro e miniusinas fotovoltaicas em diversas instalações da JBS. A matriz global da companhia, em São Paulo, é um dos espaços que ganharão placas fotovoltaicas.

Jacob ressalta que esse projeto de levar energia solar à Swift e a outras instalações da JBS está em linha com a estratégia de sustentabilidade da companhia, que assumiu, em março de 2021, o compromisso de se tornar Net Zero até 2040, zerando o balanço de suas emissões de gases causadores do efeito estufa.

“A energia solar terá um papel cada vez mais estratégico para atingir as metas de desenvolvimento econômico e ambiental do país, sobretudo neste momento, para ajudar na recuperação da economia após a pandemia, já que se trata da fonte renovável de energia que mais gera empregos no mundo”, aponta o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia.

De acordo com a entidade, a fonte solar trouxe ao Brasil mais de R$ 60,6 bilhões em novos investimentos, R$ 15,7 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou mais de 360 mil empregos acumulados desde 2012. Com isso, também evitou a emissão de 13,6 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.

 

 (Arte/Exame)



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