Câmara quer esclarecimentos do presidente da Enel sobre falta de luz em SP

A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara vai analisar, nesta quarta-feira, um requerimento para convidar o presidente da Enel no Brasil, Nicola Cotugno, para esclarecer as medidas adotadas pela companhia para conter a falta de luz em São Paulo.

O requerimento, de autoria do deputado Ivan Valente (PSOL-SP), também pede para que “o responsável técnico pela distribuição de energia no estado também seja convidado a prestar esclarecimento à Câmara”.

Desde sexta-feira, um apagão deixa diversos bairros de São Paulo sem luz, depois que uma tempestade com ventos de mais de 100 quilômetros por hora atingiu diversas regiões do estado.

A Enel, empresa responsável pelo fornecimento de eletricidade na cidade e em outros 23 municípios paulistas, estima que o restabelecimento completo do serviço só acontecerá nesta terça. As regiões mais afetadas na capital foram as zonas sul e oeste. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) criticou a fornecedora de energia, mas reconheceu que a cidade não registrava uma ventania tão forte desde 1995.

Em seu requerimento, Ivan Valente enumera os prejuízos causados em vários âmbitos no estado:

“Os impactos causados pela falta de energia elétrica em São Paulo são desestabilizadores. Das 308 escolas que iriam receber o Exame Nacional do Ensino Médio – Enem, 84 tiveram algum problema de fornecimento de energia elétrica. A queda da rede elétrica também causou impactos no fornecimento de água e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, as defesas civis e o Corpo de Bombeiros registraram mais de 2 mil chamados de ocorrências em 40 municípios do estado. Destaca-se ainda que, até o presente momento, cerca de 500 mil imóveis estão sem fornecimento de energia elétrica, incluindo pelo menos 40 escolas municipais”.

O texto também afirma que os fortes ventos registrados em São Paulo não podem “servir de desculpas” para a falta de reestabelecimento do serviço.

“Não podemos nos inclinar sobre o argumento de fenômeno da natureza como minimizador dos impactos sofridos pela sociedade. Atualmente, contamos com o monitoramento de órgãos de meteorologia, dentre outras instituições públicas, que fazem previsões sobre ocorrência de eventos climáticos severos e seus possíveis impactos sobre as cidades, o que permite o governo acionar equipes e serviços de atendimento para restabelecimento de serviços essenciais com segurança e de forma célere”.

No ápice do apagão, um total de 3,3 milhões de clientes das concessionárias que atendem o estado de São Paulo ficou sem energia elétrica.

De acordo com o governo de São Paulo, houve queda de energia em pelo menos 42 cidades, de acordo com levantamento feito pelas cinco concessionárias que atendem o estado. O apagão elétrico também afetou a distribuição de água. Cerca de 18 regiões da capital estavam com problemas críticos no fornecimento. Na Grande São Paulo, o desabastecimento afetou 12 municípios.

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