Depois de recuperação judicial, Gol (GOLL4) anuncia prejuízo maior que patrimônio e ações caem 12%

A turbulência na Gol (GOLL4) parece estar longe de acabar. Enquanto na sexta-feira, 26, os investidores repercutiram o pedido de recuperação no Tribunal de Falências dos Estados Unidos, no pregão de hoje o assunto que dá o tom negativo aos papéis é o prejuízo maior que patrimônio da companhia. Por volta das 13h30, as ações caíam 12,67%.

Na manhã desta segunda-feira, 29, por meio de fato relevante, a Gol divulgou informações financeiras preliminares e não auditadas referentes ao período encerrado em 31 de dezembro de 2023. Entre os números, um dos destaques foi o patrimônio líquido negativo em R$ 23,3 bilhões contabilizados no quarto trimestre de 2023. Três meses antes, o prejuízo da Gol era de R$ 22 bilhões, 6% a menos. 

Por outro lado, os ativos no final de dezembro totalizaram R$ 16,8 bilhões, uma queda de 2,09% frente ao trimestre anterior, quando foram somados R$ 17,1 bilhões. Outro número a chamar a atenção é o endividamento da companhia, com financiamentos e empréstimos, que ficaram praticamente estáveis (-0,25%) em R$ 20,176 bilhões. 

Consequências da recuperação judicial da Gol (GOLL4)

Em relatório, os analistas do BTG Pactual (mesmo grupo controlador da EXAME) destacam que o pedido de recuperação judicial da Gol busca por apoio financeiro a fim de aumentar a capacidade em meio à demanda em recuperação e restrições de fornecimento de aeronaves.

Além disso, eles explicam que o pedido de recuperação judicial da Gol deve gerar consequências não apenas à companhia, mas mesmo para o setor aéreo brasileiro. Deste modo, eles listam três possíveis impactos dessa situação:

  • aumento da pressão sobre o governo para resolver reivindicações antigas do setor, como fornecer liquidez às empresas locais. “Acreditamos que o governo possa estar interessado em fornecer liquidez ao setor para evitar uma maior interrupção da capacidade, o que aumentaria ainda mais as tarifas aéreas”;
  • redução capacidade de um dígito é um pressuposto razoável;
  • diluição adicional de capital é provável, mas a magnitude depende de quanto a empresa pode levantar.

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