No dia 31 de março, a Anvisa rejeitou pedido semelhante da Saúde, afirmando que os dados apresentados sobre a vacina não comprovaram sua “qualidade e eficácia”
O Ministério da Saúde fará um novo pedido à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de autorização para importar a vacina indiana Covaxin. Segundo apurou o Estadão/Broadcast (serviço online do Grupo Estado), a expectativa da pasta é que, desta vez, a autorização emergencial seja concedida pelo órgão, o que permitirá trazer ao Brasil os 20 milhões de doses já compradas do imunizante ainda neste mês.
No dia 31 de março, a Anvisa rejeitou pedido semelhante da Saúde para autorização “excepcional e temporária” para importação e distribuição da vacina Covaxin, imunizante produzido pelo laboratório Bharat Biotech, da Índia. Na época da recusa, a agência afirmou que os dados apresentados sobre a vacina não comprovaram a “qualidade e eficácia” do imunizante. No dia anterior, a agência já havia indeferido o pedido de certificação das fábricas do laboratório Bharat Biotech. Os diretores reforçaram que a equipe da Anvisa enviada ao país da farmacêutica identificou inconformidades no processo de fabricação e que, pelos dados apresentados, aceitar a Covaxin naquele momento seria um risco.
Segundo o Broadcast apurou, a avaliação no governo brasileiro é de que o quadro mudou em relação à vacina e que os problemas apontados pela Anvisa foram superados e o imunizante já poderá ser aprovado. O argumento é reforçado pelo fato de que no dia 13 de maio a própria Anvisa autorizou os estudos da Fase 3 – a última antes da autorização para uso – com 4,5 mil pessoas no Brasil, que estão sendo conduzidos pelo Hospital Albert Einstein de São Paulo.
Se a aprovação da Anvisa sair em até uma semana, o laboratório indiano indicou que poderá mandar os 20 milhões de doses contratadas até o fim de maio, em duas cargas de 10 milhões de unidades cada.
Eficácia
De acordo com o laboratório, estudos mostraram que a eficácia em geral da vacina indiana foi de 78%, segundo dados preliminares, com 100% de eficácia para evitar casos graves do novo coronavírus.
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