Fundo do Mercado Livre aumenta apostas em startups brasileiras

Para o Meli Fund, fundo de venture capital corporativo do gigante de comércio eletrônico Mercado Livre, 2020 foi o melhor ano em investimentos até então – e 2021 tem tudo para ser ainda melhor.

O Meli Fund existe desde 2013, inicialmente focado na Argentina, país natal do fundo e do próprio Mercado Livre. Há dois anos, o fundo passou a ter presença física no Brasil, com uma equipe no escritório brasileiro, e ano passado investiu fortemente por aqui. Seis startups brasileiras foram investidas no ano passado – Warren, BizCapital, Kangu, Pier, EmCasa e Carflix – e uma argentina – Intuitivo – com aporte total de 30 milhões de reais. Esse valor é maior do que a soma do capital investido nos sete anos anteriores. 

Para 2021, a ideia é investir no mínimo na mesma quantidade de empresas que no ano passado – sete – mas com um volume de dinheiro bem maior, afirma Renato Pereira, diretor de desenvolvimento corporativo do Mercado Livre.

O Meli Fund normalmente investe ao lado de outros fundos de peso, e com uma participação menor. No caso do aporte na corretora gaúcha Warren, por exemplo, esteve ao lado do fundo de venture capital QED Investors, também investidor de empresas como Nubank e Loft, Kaszek Ventures, Chromo Invest e Ribbit, entre outros. 

O foco são empresas nas áreas financeira, logística e de marketplace. São justamente as áreas em que o Mercado Livre e suas divisões Mercado Pago e Mercado Envios atuam. Mais do que ganhar retorno sobre o capital investido, o fundo busca startups que possam melhorar a experiência do cliente do próprio Mercado Livre.

“Fazemos o aporte financeiro, mas esse não é o nosso principal motivador. O recurso financeiro é a porta de entrada para falar com a startup”, diz o executivo. O fundo ganha uma cadeira no conselho sem direito a voto e faz a conexão da startup com  áreas internas do Meli que podem se beneficiar da tecnologia ou serviço da startup. A empresa também conversa com as startups pelo menos uma vez por mês para ajudá-las a crescer e a se integrar com o ecossistema do Mercado Livre.

“O mais interessante de um corporate venture é que o caminho importa mais que o destino, o retorno sobre os investimentos. O fato de estar exposto às conversas com startups, fundos e aceleradoras nos ajuda a identificar tendências e oportunidades de inovação dentro de casa”, afirma Pereira.

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