Lasanha para o Natal? Perdigão lança edições limitadas com chester

A Perdigão começou a vender dois novos sabores de lasanha para o Natal deste ano: a versão do prato com molho rosé, frango e espinafre e outro, com molho Alfredo e frango. Ambos são edições limitadas, disponíveis nos supermercados e no e-commerce da companhia a partir deste mês. Segundo a companhia, essa foi uma ideia que surgiu depois de analisar um relatório de busca por alimentos e receitas no Google durante o período de festas: os dados mostraram aumento de 80% na procura por lasanhas em relação à média anual — e na véspera de Natal, esse crescimento foi de 320%. E, mais do que querer comer lasanha, o brasileiro busca por um prato diferente do tradicional, segundo a ferramenta de buscas.

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“Unimos todos esses fatores e decidimos lançar as edições limitadas, totalmente embasados no que o consumidor pedia. Para chegar à melhor combinação possível, contamos com um time de chefs que nos ajuda nas melhores combinações de ingredientes. Partimos obviamente do chester, que é um frango temperado diferenciado e cuja marca está presente no mercado há 41 anos. Conseguimos reinventá-lo mais uma vez para 2021”, diz Luciana Bulau, gerente executiva da marca Perdigão, à EXAME.

Em relação ao preparo, os produtos seguem a fórmula tradicional: colocar no forno ou no microondas pelo tempo indicado na embalagem. As embalagens das edições limitadas terão um quilo, novamente, baseadas nos insights do que os consumidores queriam e procuravam — aliado ao momento atual de vacinação avançada no país e a redução gradual das medidas mais intensas de isolamento social. Os produtos devem ser vendidos a partir de novembro e devem durar até o pós-ano novo, claro, de acordo com os estoques da companhia.

O preço é superior ao da versão convencional do prato. No e-commerce das marcas Sadia, Perdigão e Qualy, por exemplo, é possível encontrar a versão de chester com espinafre por R$ 24,99, enquanto a lasanha de presunto e queijo, por exemplo, custa R$ 14,19. A discrepância se dá por causa do fator óbvio de a versão limitada ser fabricada com o frango especial do fim de ano, mais caro do que os produtos usados para fabricar as outras versões do prato.

A aposta na abordagem com os dados, inclusive, foi além dos novos sabores de lasanha. Segundo a Perdigão, uma pesquisa realizada com a Kantar permitiu identificar necessidades dos consumidores atreladas ao churrasco no réveillon. Pensando em uma nova forma de entrar nesse evento, a Perdigão também vai lançar em 2021 o “chester versão churrasco”. São coxas e sobrecoxas do frango especial, feitas para o preparo na brasa. “Estamos sempre muito antenados. Todos os instrumentos de pesquisa são muito valiosos para nos trazer informações relevantes a respeito do consumidor. Estamos cada vez mais de olho em dados”, diz Luciana.

Falando em dados, do lado do Google, a parceria com a Perdigão faz parte de um esforço conduzido pela empresa junto aos clientes para entender quais comportamentos mudariam com a pandemia. Para isso, a gigante de buscas criou 18 relatórios mensais para diferentes indústrias, monitorando padrões de buscas dos usuários. As análises são geradas a partir de uma ferramenta que funciona de forma similar ao Google Trends — com muito mais filtros e avanços do que a versão que é possível ser acessada por qualquer pessoa.

“Posicionamos o Google como uma empresa que ajuda outras a tomar decisões com base em dados. No caso da Perdigão, verificamos que as palavras associadas ao termo ‘lasanha’ eram ‘simples’ e ‘fácil’. O que fez total sentido, considerando a necessidade de praticidade para pessoas que estão ficando mais em casa”, diz Marco Bebiano, diretor de negócios para os segmentos de bens de consumo, tecnologia e governo do Google Brasil.

Além da Perdigão, a companhia de buscas já forneceu dados similares para a Seara — que colaboraram para o lançamento da linha de proteína vegetal — além da Nestlé, que segmentou uma categoria de produtos.

“O marketing tem sido, cada vez mais, orientado por dados. O exemplo da Perdigão mostra isso. Uma década atrás era impensável criar um produto com base em dados. Já hoje, isso mudou muito. Temos uma riqueza maior de dados e o desafio é estruturá-los, o que temos conseguido fazer com sucesso”, diz Marco.



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