Lei das Estatais sob ameaça, decisão do Fed e o que mais move o mercado

O mercado internacional iniciou os trabalhos desta quarta-feira, 14, em tom de cautela à espera da decisão do Federal Reserve (Fed), marcada para às 16h. A expectativa é de que o banco central americano reduza o ritmo da alta de juros pela primeira vez após quatro elevações de 0,75 ponto percentual.

Decisão do Fed

Declarações de membros do Fed e dados abaixo do esperado para inflação americana favorecem uma alta mais branda, de 0,50 p.p. para o intervalo entre 4,25% e 4,5%. Por outro lado, o mercado ainda precifica em 20% a probabilidade de mais um ajuste de 0,75 p.p., segundo monitor do CME Group. Ainda que baixa, a chance residual de uma alta de 0,75 p.p., e não de 0,25 p.p., mostra as preocupações do mercado com a escassez de mão de obra nos Estados Unidos.

O mercado de trabalho é uma das principais preocupações do Fed, tendo em vista seus potenciais efeitos sobre a inflação de salários. No último payroll, os dados voltaram a sair acima do esperado, com a criação de mais 263.000 empregos urbanos e a taxa de desemprego se mantendo em 3,7%.

O mercado de trabalho, por sinal, deve ser um dos pontos abordados pelo presidente do Fed, Jerome Powell, em sua coletiva de imprensa após a decisão. Diante de um cenário ainda de incertezas sobre até quando o Fed subirá suas taxas, investidores esperam por pistas sobre seus próximos passos.

Dados da inflação ao consumidor americano divulgados na véspera aumentaram as chances de o Fed não ser tão duro na condução de sua política montária. Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam em alta.

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Desempenho dos indicadores às 7h50 (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): + 0,02%
  • S&P 500 futuro (Nova York): – 0,01%
  • Nasdaq futuro (Nova York): – 0,07%
  • FTSE 100 (Londres): – 0,36%
  • DAX (Frankfurt): – 0,74%
  • CAC 40 (Paris): – 0,67%
  • Hang Seng (Hong Kong)*: + 0,39%
  • Shangai Composite (Xangai)*:  + 0,01%

Lei das Estatais: Câmara abre caminho para Mercadante

O ambiente é de maior otimismo no exterior é bem diferente do vivenciado pelo mercado brasileiro, onde o noticiário político segue como ponto de preocupação. No último pregão, o Ibovespa apagou os ganhos do ano, após o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva confirmar Aloízio Mercadante, que atual na campanha do petista, para a presidência do BNDES.

Para viabilizar sua ida ao BNDES, a Câmara aprovou na última noite alterações na Lei das Estatais. Pela regra atual, a lei proíbe que dirigentes de campanha assuma cargo de alto escalão em estatais nos 36 meses após sua atuação. A mudança aprovada altera o prazo de três anos para 90 dias. O texto, agora, precisa do aval do Senado para ir à sanção presidencial.

O medo do mercado é de que, com a chegada de Mercadante, o banco de desenvolvimento volte a fazer empréstimos subsidiados pelo Tesouro, o que pressionaria ainda mais as contas públicas.

Mercadante, numa tentativa de acalmar o mercado, disse que os empréstimos com subsídios não voltarão. Mas, ainda nesta semana, o mesmo disse desconhecer qualquer possibilidade de alterações na lei das estatais. E a lei das estatais foi alterada.

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