Merkel se despede de última cúpula da União Europeia com homenagens

Os líderes dos países integrantes da União Europeia (UE) homenagearam e aplaudiram de pé nesta sexta-feira, 22, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que participa de sua última cúpula do bloco, após 16 anos à frente da maior economia da Europa.

Vários dirigentes homenagearam Merkel, entre eles o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, que destacou que a chanceler é “um monumento, a tal ponto que uma cúpula sem Angela é como Roma sem o Vaticano ou Paris sem a Torre Eiffel”. O líder político do bloco também elogiou a “sobriedade e simplicidade” da política alemã como “uma poderosa arma de sedução”.

O primeiro-ministro de Luxemburgo, Xavier Bettel, disse que a saída de Merkel deixará um grande vácuo na Europa e definiu a chefe de governo da Alemanha como “uma máquina de concessões”. “Muitas vezes, quando não era possível seguir em frente, Merkel apresentava uma proposta. Ela conseguia encontrar algo que nos unisse para seguir em frente”, afirmou.

Na mesma linha, o chanceler da Áustria, Alexander Schallenberg, expressou a importância da líder alemã para todo o bloco comunitário. “Alguém que está nesta posição por tanto tempo na União Europeia deixará um vazio para trás. Foi um refúgio de paz dentro da União Europeia”, disse o chefe de governo austríaco.

A expectativa é de que os sociais-democratas, verdes e liberais alemães cheguem a um acordo para formar um governo antes de meados de dezembro, quando a próxima reunião de chefes de Estado e de governo está marcada para ser realizada em Bruxelas, na Bélgica.

Desde que se tornou a chanceler alemã em 2005, Merkel também redefiniu o curso da UE na crise financeira de 2008, na dos refugiados de 2015 e na causada pela pandemia da covid-19.

A chanceler passou de recomendar austeridade na crise do euro para promover, junto com os franceses, o fundo de recuperação pós-pandemia, em que a UE emitirá dívida conjunta pela primeira vez.

Para esta última cúpula, onde a Polônia estava na berlinda por suas violações do Estado de Direito, a líder alemã foi fiel à sua linha, ao pedir o diálogo com Varsóvia.



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