NFTs do futebol brasileiro têm figurinha a R$ 30 mil e chance de lucro com revenda

Investir em jovens jogadores com alto potencial de retorno pode ser uma estratégia bastante rentável no futebol. Estratégia semelhante tem sido reproduzida pela empresa Tero Labs, responsável pela criação dos primeiros NFTs do futebol brasileiro. O nome do projeto chama-se Rough Diamonds, que em português significa Diamantes Brutos.

São figurinhas digitais que podem ser adquiridas por meio de “pacotinhos” e comercializadas posteriormente no mercado secundário. A inspiração, disse Bruno Pessoa, co-fundador da Tero Labs, veio do sucesso do NBA Top Shot, que foi criado em 2020 já chegou a movimentar R$ 200 milhões em apenas um dia.

Figurinha de R$ 30.000

Lançados no ano passado, os NFTs do futebol brasileiro ainda movimentam bem menos dinheiro. Mas as cifras já impressionam. A maior venda custou R$ 30.000. Foi uma figurinha lendária do jogador Endrick, do Palmeiras, de 16 anos. De raridade única, a figurinha deu o direito à camisa utilizada em sua estreia pelo profissional. Considerado um dos mais promissores do Brasil, o jogador já tem contrato assinado com o Real Madrid, para onde vai ao completar 18 anos.

“A figurinha é de propriedade do comprador e pode ser revendida futuramente, eventualmente, por um valor mais alto”, disse Bruno Pessoa.

Além do contrato com Endrick, a Tero Labs têm licença com outros dez jovens jogadores promissores do futebol brasileiro. Entre eles estão o também palmeirense Luis Guilherme, os flamenguistas Matheus França e Matheus Gonçalves e o corinthiano Luiz Gustavo. Cada um desses jogadores têm 101 figurinhas: 2 lendárias (sendo que uma delas do próprio jogador), 29 épicas e 70 raras.

Após a aquisição, as figurinhas passam a dar direito a pontos, dependendo da atuação dos jogadores em partidas oficiais. Os pontos adquiridos, que variam de acordo com a raridade das figurinhas, podem ser utilizados para adquirir itens exclusivos na Tero Labs, como chuteiras e camisas autografadas e até braçadeiras de capitão utilizadas em partidas oficiais. Quanto melhor o desempenho do atleta, mais pontos ganha o dono da figurinha.

A contagem dos pontos desses atletas, explicou Pessoa, não terá prazo de validade. Ou seja, essas figurinhas irão continuar gerando pontos, mesmo que o jogador seja transferido para outro clube ou mesmo para a liga de outro país.

Figurinha lendária do Endrick no OpenSea

Diamante: de bruto a lapidado

Com o amadurecimento do atleta, a tendência é de que suas estatísticas melhorem com o tempo, gerando ainda mais pontos para o dono da figurinha. Só que cada jogador só terá suas figurinhas emitidas uma vez. Portanto, a única forma de adquirir um NFT do Endrick, do Matheus França ou de outro jogador com figurinha já lançada é pelo OpenSea, que funciona como um mercado secundário para NFTs.

“O objetivo principal não é a valorização da figurinha. Mas como é um objeto finito, o aumento da demanda, naturalmente, irá valorizar a figurinha”, comentou Pessoa.

Mesmo que ainda bastante recente, esse mercado já transaciona valores relevantes. A de valor mais alto, contou o co-fundador da Tero Labs, também foi a de uma figurinha do Endrick. De categoria rara, o colecionável foi vendido por R$ 2.200. Cada pacotinho contendo a figurinha rara ou épica de um craque em potencial foi vendido por US$ 100. Já as lendárias (com exceção das entregues diretamente ao atleta) são vendidas em leilão.

Figurinhas do Vasco: o novo sucesso da Tero Labs

Alex Teixeira, Andrey Santos, Gabriel Pec (Marcello Dias/Eurasia Sport Images/Getty Images)

Mas mesmo quem não tem centenas (ou milhares) de dólares para gastar com NFTs do futebol brasileiro também pode participar da brincadeira. Isso foi possível graças a uma parceria feita entre a Tero Labs e o Vasco.

Nesse projeto cada pacotinho saiu por R$ 11,11, dando direito a figurinha de um dos jogadores do Vasco. Iniciado em abril, o projeto com Vasco teve grande demanda, com lotes sendo esgotados em apenas uma hora. Em apenas seis dias, foram vendidos 1.000 pacotinhos. Cada jogador do vasco, disse Pessoa, terá 1.111 figurinhas: 1 lendária, 10 épicas, 100 raras e 1.000 comuns.

Assim como no projeto Rough Diamonds, as figurinhas do Vasco darão direitos aos pontos, dependendo do desempenho do atleta em partidas oficiais e de seu nível de raridade. A diferença é que, até por serem mais baratas, essas figurinhas só contarão pontos dentro de uma temporada, mas ainda poderão ser negociadas no mercado secundário.

A intenção, contou Bruno Pessoa, é expandir esse projeto para outros clubes do futebol brasileiro e de outros países da América Latina. “Temos essa pretensão, mas queremos deixar toda a operação com o Vasco redonda antes de partirmos para novas parcerias, já que o direito de imagem é acertado individualmente.”

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