Região Norte é a mais afetada pela fome. No Pará, quase 10% das famílias sofrem privação

A região Norte do país é a mais afetada pela fome, onde 7,7% dos lares vivenciaram falta de alimentos ou lidavam com redução da qualidade e quantidade de comida em 2023, incluindo as crianças. O percentual é mais que o dobro do Sudeste (2,9%) e quase quatro vezes o encontrado no Sul (2%).

A região tem mais domicílios sob privação de alimentos que o Nordeste, com 6,2%. No Centro-Oeste, percentual foi de 3,6% em 2023.

É também o Norte que amarga o maior número de lares sob insegurança alimentar leve (quanto há incerteza sobre acesso a alimentos no futuro) e moderada (quando há redução da quantidade e qualidade de alimentos). Mais de um terço (39%) dos domicílios no Norte estavam sob algum grau de insegurança alimentar em 2023 – no Sul, cai para 16%.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC) do IBGE, cujas informações sobre segurança alimentar no país foram divulgadas nesta quinta-feira.

Os números do IBGE revelam que a situação da fome no país já foi maior no Nordeste. Até 2009, essa era a região com os maiores índices de insegurança alimentar – seja leve, moderada ou grave. Mas foi superada pelo Norte a partir de 2013, área com maior número de domicílios sob esta condição há uma década.

O Pará foi em 2023 o estado com maior proporção de domicílios com insegurança alimentar grave 9,5%, seguido do Amazonas (9,1%), Amapá (8,4%) e Maranhão (8,1%).

No extremo oposto estavam Santa Catarina (1,5%), Rio Grande do Sul, Paraná e Espirito Santo (empatados, com 2,2%). A média do Brasil era de 4,1% de domicílios com insegurança alimentar moderada ou grave.

Em termos de região, as proporções de domicílios com insegurança alimentar moderada ou grave nas regiões Norte (16%) e Nordeste (14,8%) eram bem superiores às do Centro-Oeste (7,9%), Sudeste (6,7%) e Sul (4,7%).

A pesquisa foi elaborada com base na metodologia adotada na Pnad de 2004, 2009 e 2013 e na Pesquisa de Orçamentos Familiares dos anos de 2017-2018. O levantamento classifica as unidades domiciliares segundo os graus atribuídos pela Escala de Insegurança Alimentar brasileira.

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