Setor da cerveja: o parceiro da retomada da economia brasileira

A cerveja é a bebida que une as pessoas em todo o mundo. Está no centro das principais celebrações e seu consumo é bastante variado: em festas, happy hours, encontros, churrasco e em grandes eventos. Seja para socializar, relaxar, gerar renda e empregos, movimentar o agronegócio, apoiar o empreendedorismo e a reciclagem, a cerveja faz parte da vida dos consumidores e é um excelente indicador do desenvolvimento sociocultural. E por ser tão relevante, gostaria de propor um brinde e ressaltar à forma como a cerveja apoia as economias no Brasil e em todo o mundo.  

Recente estudo realizado pela Oxford Economics para a Worldwide Brewing Alliance (WBA), associação que representa aproximadamente 90% da produção mundial, avaliou o impacto econômico global do setor cervejeiro e a contribuição para Produto Interno Bruto (PIB), empregos e impostos. Em 2019, ainda sem o reflexo da crise sanitária em 2020, a cerveja apoiou US$ 555 bilhões em PIB, uma média de 0,8% do PIB por país. A indústria também gerou mais de 23 milhões de empregos e US$ 262 bilhões em receitas fiscais para os governos.  

No levantamento, a indústria da cerveja mundial foi a responsável pela geração de US$ 262 bilhões de tributos e 23,2 milhões de empregos (1 em cada 110 empregos diretos e indiretos no mundo) nos 70 países estudados, entre eles, o Brasil. [Quebra da Disposição de Texto] 

A geração de empregos diretos, indiretos e induzidos pelo nosso setor atingiu mais de 2 milhões de vagas em 2019. Isso foi equivalente a 2,1% do emprego nacional ou 98% dos empregos de Fortaleza, no Ceará. 

De fato, por aqui o setor cervejeiro é um multiplicador de postos de trabalho. Segundo estudo realizado em 2019 pela Fundação Getúlio Vargas para o SINDICERV, a cada emprego em uma cervejaria, outros 34 novos postos de trabalho são criados na cadeia produtiva, o que gera uma massa salarial de R$ 27 bilhões.  

Isso sem contar que o setor da cerveja movimenta uma extensa cadeia de valor, composta pelas indústrias dos insumos e da distribuição. Está conectada com outros setores econômicos, como o agronegócio, transporte, energia, veículos, alumínio e vidro, entre outros, e que gera R$ 49,6 bilhões de reais por ano em arrecadação de impostos. 

A cadeia produtiva representa 2% do Produto Interno Bruto do país, o que nos coloca no ranking de terceiro maior produtor de cerveja do mundo, com uma produção de 15.4 bilhões de litros em 2022, atrás apenas da China e dos Estados Unidos.  

O impacto é tão grande que o setor global de cerveja contribuiu com US$ 28,7 bilhões do valor que a atividade agrega aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo, para o PIB do Brasil em 2019. Isso foi equivalente a 97% da economia de Porto Alegre. 

Mesmo em um período tão desafiador para a indústria e economia, com as restrições impostas pela pandemia da covid-19, o mercado demonstrou evolução e foi considerado um dos setores mais importantes para garantir a retomada da economia brasileira. 

O setor vem experimentando crescimentos constantes nos últimos quatro anos. Em 2022, o volume de vendas teve incremento em 8%, em comparação com 2021.

Mesmo diante do cenário macroeconômico desfavorável nos últimos anos, o setor cervejeiro nacional conseguiu expandir suas atividades. É o que revelou o último Anuário da Cerveja, publicação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em que o Brasil tem 1.549 cervejarias registradas, um crescimento de 28% em relação a 2019, quando havia 1.209 cervejarias.

Além de impulsionar a economia, a indústria também exerce um importante papel social, que o Brasil necessita para construir bases sólidas para o desenvolvimento sustentado. 

No entanto, reconhecemos que o crescimento do setor deve estar sempre associado ao compromisso de garantir que os nossos produtos sejam comercializados e consumidos de forma responsável. Por isso, seguimos ampliando os investimentos em inovação e apresentando ao consumidor uma gama de opções para quem busca consumir os nossos produtos em ocasiões tradicionais em que não se deve e não se pode consumir álcool, caso da categoria da cerveja zero que teve um crescimento de 37% de 2021 para 2022. 

Temos orgulho em pertencer a um setor que oferece tanto para milhares de pessoas. E acreditamos que podemos contribuir ainda mais para o desenvolvimento econômico e social do nosso país e que a cerveja continue sendo essa parceira do crescimento do Brasil neste e nos próximos anos.  

*Márcio Maciel é presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv) 

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