6 inovações que estão mudando a cara do agro brasileiro

O mundo pode chegar a 10 bilhões de pessoas em 2050. E isso tem tudo a ver com o agronegócio do futuro.

Um relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) apontou que, para que a humanidade chegue à metade deste século com produção suficiente e sem destruir o planeta, novos modelos de agricultura e de tratamento com o campo serão necessários. “Atualmente a agricultura, em muitos lugares, está usando água, terra ou fertilizantes demais”, escreve a FAO.

Somente a expansão da área plantada para alimentar a população não será uma saída, afirmam executivos e produtores ouvidos na reportagem especial sobre o futuro do agro, disponível na edição 1.228 da EXAME.

A boa notícia é que muitas empresas, agricultores, pecuaristas e organizações brasileiras já estão engajadas para mudar o agronegócio brasileiro para o futuro, como você conhecerá nas inovações mostradas abaixo.

1 – Integração lavoura-pecuária

As condições climáticas ideais com as quais o Brasil foi beneficiado já fazem com que os produtores muitas vezes consigam duas safras por ano, e ainda uma terceira, a chamada “safrinha”. Mas o trabalho do produtor de soja e milho José Mário Lobo, em Padre Bernardo, no interior de Goiás, mostra como o agro do Brasil é um laboratório de inovações.

Uma das principais fórmulas para o futuro da agropecuária, e que Lobo defende com vigor, vem da chamada integração lavoura-pecuária-floresta. Quando há intervalo entre as safras, ele usa a área da plantação para o pasto, fazendo rotação de culturas e plantando milho com capim (para reaproveitar e dar de comer ao gado) e outras plantas de cobertura para manter o solo saudável. Tudo isso com respeito à natureza e com custos iguais ou até menores do que nos modelos tradicionais.

Fazenda de soja e milho do produtor José Mário Lobo, em Goiás: integração entre plantação, pasto e floresta para preservar a vegetação e a qualidade do solo

Fazenda de soja e milho do produtor José Mário Lobo, em Goiás: integração entre plantação, pasto e floresta para preservar a vegetação e a qualidade do solo (José Mario Lobo/Arquivo Pessoal/Reprodução)

“O produtor do futuro vai enxergar cada vez mais que não é só cumprir a lei. Há muito que a reserva legal em pé pode agregar na plantação”, diz Lobo, que aos 53 anos, é também pesquisador licenciado da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, onde ajuda outros produtores na tomada de decisão, e doutorando na área.

Como no caso do produtor de Goiás, a integração entre diferentes atividades e com os remanescentes de vegetação nativa já começa a ser disseminada em todo o país, inclusive como forma de cumprir as obrigações previstas no Código Florestal, que exige manutenção de parte da mata na propriedade.

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