Bolsas internacionais desabam com preocupação sobre avanço da doença e pressionam mercado local
São Paulo – O coronavírus (Covid-2019) continua amedrontando o mercado financeiro. Com o aumento do número de casos fora da China, a corrida por ativos defensivos fez bolsas do mundo inteiro acumularem perdas que já chegam a 5 trilhões de dólares na semana.
No Brasil, o Ibovespa caía 2,14% e ficava em 100.777,18 pontos às 11h50. O principal índice da B3 não tocava a casa dos 100 mil pontos desde outubro do ano passado.
A queda ocorre em linha com as principais praças acionárias do mundo. Nos Estados Unidos, o S&P 500 caía 2,59%, após ter registrado a maior queda desde 2011 na véspera. Na China, o Shanghai Composite fechou em baixa de 3,71% e, na Europa, o índice Stoxx 600 recuava 3,68%.
De acordo com Jefferson Laatus, estrategista-chefe e fundador do Grupo Laatus, o “fator fim de semana” tem contribuído para as quedas desta sexta. “Ninguém quer correr o risco de dormir posicionado. Muita coisa pode acontecer até segunda-feira”, comentou.
Entre os componentes do Ibovespa, as ações dos bancos figuravam entre as melhores performances do dia e impediam quedas ainda mais drásticas. “Os investidores consideram os bancos como um ativo de segurança em momentos de crise. Então, eles vão conseguir se sustentar mais do que as empresas de commodities”, afirmou Laatus.
No outro lado da ponta, os papéis da Vale e da Petrobras – com grande peso no Ibovespa – pressionavam o índice. Enquanto as ações da mineradora caíam 2,14%, as ordinárias e preferenciais da petrolífera se desvalorizavam 2,87% e 2,06%, respectivamente.