Campeão olímpico no boxe, Andy Cruz é expulso do esporte cubano

O campeão olímpico e tricampeão mundial de boxe Andy Cruz foi expulso do esporte cubano depois de tentar emigrar ilegalmente em junho, quando foi surpreendido pelas autoridades do país, informou nesta segunda-feira a Comissão Nacional de Boxe do país.

“Como resultado de uma análise exaustiva (…) foi decidida a expulsão do atleta Andy Cruz Gómez da estrutura esportiva cubana”, disse a Comissão Nacional de Boxe, em comunicado divulgado pelo JIT, um portal estatal de notícias esportivas.

Cruz, campeão olímpico em nos Jogos de Tóquio, em 2021, é considerado o mais técnico da atual geração de boxeadores de Cuba, país que tem 80 títulos mundiais e 41 medalhas em olimpíadas.

Em 28 de junho, a comissão informou que Cruz foi pego “na tentativa de deixar o país ilegalmente”, considerado “uma grave falta de disciplina nos regulamentos” do boxe cubano. De acordo com o comunicado, Cruz também incorreu em outra indisciplina, ao se ausentar dos treinos do Torneio Nacional de Boxe Playa Girón 2022, o mais importante da ilha, que começou em 20 de junho.

Apesar de voltar com todas as honras de Tóquio, Andy foi excluído da equipe em maio, quando Cuba voltou ao boxe profissional depois de mais de 60 anos, na cidade mexicana de Aguascalientes.

“Ele experimentou um declínio em seu desempenho e atitude no ginásio”, disse Rolando Acebal, principal treinador da modalidade em Cuba.

A comissão de boxe disse que “houve vários espaços de diálogo concebidos para trocar sobre essas e outras brechas, reconhecidas pelo próprio atleta” e que sua conduta “mostrou sinais de deterioração durante o primeiro semestre do ano em curso”.

A tentativa de fuga do boxeador ocorre em um momento em que Cuba vive uma grande onda migratória, na qual saíram numerosos atletas de alto nível. Entre as figuras do esporte cubano que escaparam nos últimos meses estão o lutador Ismael Borrero, campeão olímpico no Rio, em 2016, e o canoísta Fernando Dayán Jorge, campeão olímpico em Tóquio, em 2021.

A ilha enfrenta sua pior crise econômica em três décadas, devido à crescente escassez de alimentos, remédios e combustível, em meio ao aperto do embargo imposto pelos Estados Unidos há seis décadas e aos efeitos da pandemia.

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