China diz que mantém contato com governo Lula para remarcar visita: “compreendemos a situação”

O governo da China informou neste domingo, 26, que mantém contato com o governo brasileiro para o reagendamento da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula seria nesta semana o primeiro chefe de Estado recebido pelo mandatário chinês, Xi Jinping, desde sua reeleição, mas a viagem teve de ser cancelada por pneumonia do presidente brasileiro.

Pela agenda anterior, Lula se encontraria com o presidente chinês, Xi Jinping na terça-feira, dia 28. Uma possível nova data, em avaliação por autoridades no Brasil, seria a segunda quinzena de maio, mas há desafios na agenda (veja abaixo).

A manifestação da China neste fim de semana foi a primeira desde a confirmação de que a viagem de Lula não poderia mais ocorrer.

O Ministério das Relações Exteriores da China confirmou, numa entrevista coletiva diária, que foi informado pelo governo brasileiro da decisão de postergar a visita de Estado.

“Nós compreendemos e respeitamos essa decisão”, disse um porta-voz da chancelaria chinesa. “Seguiremos em contato com o lado brasileiro sobre a visita.”

Governo chinês desejou recuperação a Lula

Pequim desejou rápida recuperação ao presidente brasileiro. “Enviamos nossos calorosos pensamentos ao presidente Lula da Silva e desejamos-lhe uma rápida recuperação”, afirmou a diplomacia chinesa.

A possibilidade de cancelamento da viagem preocupava diplomatas, empresários e autoridades brasileiras em Pequim.

Um dia antes do embarque, o governo brasileiro divulgou o estado de saúde de Lula. Mais de 100 empresários já estavam na capital chinesa, além do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que conduzia reuniões institucionais e de trabalho antecipadamente, como a negociação do fim do embargo da carne brasileira na China.

Brasileiros querem viagem para maio

Integrantes do governo e empresários do agronegócio brasileiro sugeriram que Lula viaje em maio, por volta do dia 18, para aproveitar uma feira de alimentação local, a SIAL, que costuma ter a presença de Xi Jinping.

Lula poderia emendar a visita de Estado à China com a ida à cúpula do G7, no Japão. Mas diplomatas avaliam potenciais sensibilidades chinesas e a disponibilidade na agenda do presidente do país.

O ministro Carlos Fávaro confirmou a proposta da viagem em maio, mas disse que agora a nova data depende de uma decisão da China. “A gente tem que respeitar a diplomacia. Eu ouvi também a sugestão. Sugestão interessante. Mas agora quem define a data da agenda é o governo chinês. Infelizmente não pode ser agora de problema de saúde do presidente. Então, não podemos dizer ‘olha, em maio vamos voltar aqui’. Não sei como está a agenda do governo chinês em maio”, disse o ministro, que assumiu a liderança da missão brasileira em Pequim, sendo o único membro do primeiro escalão do governo, a pedido de Lula.

Primeiro, o Palácio do Planalto adiou a decolagem da comitiva por um dia, cancelando a participação do presidente em um fórum acadêmico e empresarial. Após nova avaliação médica, Lula foi orientado a não viajar mais, até o encerramento do ciclo viral, de 7 dias, conforme assessores do presidente.

O encontro bilateral ocorreria no quinto dia do ciclo, o que poderia trazer riscos à saúde de ambos os líderes. Essa era uma preocupação do governo chinês, conforme diplomatas e auxiliares de Lula.

Além da reunião, eles também jantariam juntos, num banquete de cortesia oferecido pelo governo da China em homenagem a Lula.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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