De Cigarrinhos Pan a Pirulito Zorro: que fim levaram os doces da infância dos anos 1980?

Em uma realidade longe das redes sociais, as crianças dos anos 1960, 1970 e 1980 tiveram a infância marcada por doces que serviam como entretenimento e despertavam a imaginação dos pequenos.

A marca Chocolates Pan, conhecida pelos cigarrinhos, lápis e moedas de chocolate, que faziam grande sucesso na época, estava ativa até este ano, quando fez pedido de autofalência e teve sua fábrica de São Paulo leiloada. Veja a seguir o que aconteceu com outros doces da época, como o pirulito Zorro e as balas Soft.

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Cigarrinho Pan

Em uma época em que fumar era uma prática considerada “chique”, os cigarrinhos de chocolate ao leite, vendidos em embalagens que simulavam maços, pareciam ser uma boa ideia para crianças. Lançados pela Chocolates Pan, em 1941, os doces fizeram sucesso até os anos 1990, quando o Ministério da Saúde começou a combater o tabagismo e a marca teve que mudar o nome para rolinhos de chocolate, que acabaram deixando de ser produzidos.

Outros doces famosos da Chocolates Pan, como os “chocolápis” e as moedas de chocolate ainda eram fabricados e vendidos, até a empresa decretar autofalência e parar de funcionar, em março de 2023.

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A antiga fábrica da Chocolates Pan, localizada no bairro de Santa Paula, área nobre de São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, foi vendida oficialmente na semana passada para a empresa de chocolates Cacau Show, pelo valor de R$ 71 milhões.

A aquisição foi feita pela empresa CSH Administração de Bens Intangíveis Ltda, braço de investimentos do Grupo Cacau Show, que pagou pelo espaço de 10.432 m² um valor 33% superior ao preço inicial estipulado pela Justiça para a realização do leilão.

Segundo o leiloeira, a Cacau Show vai receber o imóvel livre de qualquer débito. O valor da venda tem como objetivo pagar os credores e dar uma destinação útil ao imóvel para a sociedade, uma vez que a empresa Chocolates Pan teve a falência decretada pela Justiça no final de fevereiro deste ano.

Bala Soft

Cercadas por lendas urbanas e conhecidas como “balas assassinas”, as balas Soft fizeram grande sucesso para quem viveu a infância nos anos 1980. Mesmo com a fama de que ela poderia causar engasgo e até asfixia pelo seu formato redondo e duro, as várias cores e sabores faziam sucesso entre as crianças.

A bala era produzida pela fábrica Q-Refres-Ko, de São Paulo, fundada em 1960 por ex-funcionários da Kibon. A empresa também fabricava o chiclete Ploc e o refresco em pó Fresh.

Nos anos 1980, mais de cem milhões de balas Soft foram exportadas para os Estados Unidos.

Em 1993, a multinacional Philip Morris, dona da Kibon, comprou as ações da Q-Refres-Ko e retirou a bala Soft do mercado. Outras balas com o mesmo nome e propostas parecidas foram lançadas, como a Soft Classic, da marca Berbau, vendida até hoje.

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Chiclete Ping Pong

Os chicletes com figurinhas e até tatuagens temporárias, ainda vendidos no Brasil, tiveram início com o Ping Pong, lançado em 1945 pela Kibon. Embora tenha sido o primeiro chiclete de bola vendido no país, não demorou para que seu concorrente Ploc, da marca Adams, chegasse ao mercado.

Entre os anos 1970 e 1990, o produto chamava a atenção das crianças pelas coleções de figurinhas de diversos temas, que poderiam até formar álbuns.

Com grandes vendas até o início dos anos 2000, o Ping Pong e o Ploc foram comprados pela empresa Kraft Foods, que fundiu as marcas e manteve apenas as fabricações do Ploc. O Ping Pong chegou a ter uma edição especial de despedida lançada, mas não é mais comercializado.

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Pirulito Zorro

Feito de coco e caramelo, o pirulito Zorro era embalado em um papel com o desenho do personagem de capa e espada. Tradicional nos saquinhos de São Cosme e Damião, principalmente entre as décadas de 1970 e 1980, era produzido pela empresa Campineira, em Campinas (SP).

A marca foi adquirida pela Triunfo, depois pela Arcor do Brasil, e o pirulito deixou de ser fabricado em 2006.

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