Essa empresa precisou reinventar eventos na pandemia – e se deu bem

Como reinventar um modelo de negócio que depende de eventos presenciais para existir? Foi o dilema enfrentado pela RD Station, que prepara, todos os anos, um dos maiores encontros de marketing digital – que reúne cerca de 12.000 pessoas em Florianópolis (SC). E não é que a solução acabou sendo melhor que o esperado? Com eventos digitais, a empresa reunirá 100.000 participantes neste semana.

Entendemos quais eram as principais vantagens do online e depositamos nossas fichas. Melhor parte é o alcance. Mas o projeto também se torna mais dinâmico, inclusive na curadoria, porque os palestrantes estão livres para apresentar o conteúdo da melhor forma e sem necessariamente subir a um palco. Nem todos se sentiam à vontade para isso”, diz Denis Braguini, diretor de eventos da RD Station.

Denis Braguini, diretor de eventos da RD Station Denis Braguini, diretor de eventos da RD Station: “Conversamos com diferentes setores para aprender a trabalhar só com online”

Denis Braguini, diretor de eventos da RD Station: “Conversamos com diferentes setores para aprender a trabalhar só com online” (RD Station/Divulgação)

Já existia um movimento rumo à digitalização, que surgiu em 2018, quando a empresa decidiu mostrar o bastidor do evento RD Summit. No ano seguinte, foi criado um estúdio para produção de conteúdo e até grade com programação inspirada nos canais de televisão. E estava tudo planejado para aumentar ainda mais a presença online no ano passado, mas os planos acabaram cancelados pela pandemia.

“Passamos por um processo de adaptação e decidimos manter nossa equipe de eventos, mesmo sem os projetos presenciais. Nós fazemos tudo internamente. Para ter ideia, nossos funcionários participam da organização da fila até o happy hour. Como mantivemos os investimentos, fizemos a protótipo do RD Hostel, online, só para clientes e parceiros, em 2020”, afirma Bernardo Brandão, CMO da RD Station.

Claro que existe uma diferença: o evento presencial cobrava entradas com valores de 700 a 3.000 reais, dependendo da opção escolhida, enquanto o RD Hostel é gratuito – e depende da venda de cotas para patrocinadores. Ou seja, a renda do projeto é consideravelmente menor e não substitui a importância do RD Summit para a empresa. Por isso, os eventos presenciais devem voltar no ano que vem.

“Ainda estamos estruturando e pensando como serão as próximas edições presenciais, porque existem barreiras que não dependem da nossa vontade. Mas temos uma marca forte e que também permite um grande encontro da nossa comunidade. Como decidimos criar um projeto totalmente independente no online, em vez de adaptar, ambos existirão juntos, com RD Summit mais híbrido”, diz Brandão.

E as metas são ainda mais ambiciosas que no RD Hostel – que terá a participação de grandes nomes do mercado, como Daniel Pink, autor best seller indicado pelo The New York Times; Bia Granja, do YouPix; e Vitor Martins, do Nubank. Tanto que a RD Station trouxe de Lisboa, em Portugal, a mesma tenda que foi utilizada no Rock in Rio para expandir a área do próximo evento presencial para 30.000 pessoas.



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