Governo não descarta Orçamento de Guerra para pagar Auxílio Brasil

O governo não descarta a possibilidade de ter que lançar mão do Orçamento de Guerra mais um vez para conseguir viabilizar o pagamento do Auxílio Brasil, mas considera essa alternativa “caótica” para as questões fiscais e ainda tentará esta semana atrair votos para a aprovação da PEC dos Precatórios, de acordo com uma fonte com conhecimento das negociações.

A Proposta de Emenda à Constituição dos Precatórios abriria um espaço fiscal para que o governo consiga viabilizar o auxílio de 400 reais através da mudança no cálculo do teto de gastos e de um novo regime para o pagamento de precatórios.

O texto foi aprovado na Câmara e pode ser votado na terça-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, mas ainda enfrenta resistência para passar pelo plenário da Casa.

Segundo a fonte, cálculos do governo apontam que faltam “dois ou três votos” para que a PEC seja aprovada no Senado — para isso, são necessários 49 votos de 81.

Caso o governo saia derrotado, não haverá outra alternativa senão apelar mais um vez para o Orçamento de Guerra, que autoriza o descumprimento de parâmetros e limitações fiscais.

“Sem a PEC dos Precatórios não tem jeito. É Orçamento de Guerra. Mas não pense que se não aprovar a PEC é só fazer a PEC da Guerra e pronto. Será o caos, pois além de novos gastos com saúde, emprego e renda, teremos que pagar 90 bilhões de reais de precatórios”, disse a fonte.

“A PEC da Guerra pode ser a senha para o caos. A PEC dos Precatórios dá uma previsibilidade para as despesas”, completou.

A PEC de Orçamento de Guerra já foi usada pelo governo em 2020 para adoção de medidas e iniciativas para enfrentar as consequências sociais e econômicas da pandemia de Covid-19.



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