Inter desiste de listagem na Nasdaq, mas migração pode voltar em 2022

O Inter (BIDI11, BIDI4) anunciou nesta noite de quinta-feira, dia 2, que não vai prosseguir por enquanto com o plano de listagem de na Nasdaq, segundo fato relevante distribuído ao mercado.

A razão foi a ampla adesão, maior que a estipulada como teto, da base de acionistas ao direito de resgate de units e ações em troca de dinheiro (cash-out) no processo de migração da B3 para a Nasdaq. O prazo para manifestar o desejo de exercer o resgate expirava nesta quinta.

O Inter havia informado no processo de reorganização societária que, caso o volume de resgates superasse a marca de 2 bilhões de reais, poderia desistir de levar adiante a operação, o que acabou acontecendo.

Pela oferta na mesa, o banco pagaria 45,84 reais por unit (BIDI11) ou por três ações preferenciais (BIDI4) aos acionistas que optassem pelo resgate, valor 39% acima do fechamento desta quinta, de 32,99 reais por unit.

O prêmio tão elevado de quase 40% se deu porque o fixado levou em conta uma média da ação em 30 pregões anteriores até 27 de outubro, antes da forte queda que levou o preço de tela para a casa de 30 reais.

Com o cancelamento da reorganização, as units e as ações do Inter continuam a ser negociadas na B3, mas o processo pode ser retomado em 30 dias com a convocação de nova assembleia para deliberação pelos acionistas. Nesse caso, o preço para o resgate deverá levar em conta preços mais próximos aos atuais, o que reduziria o tamanho do desembolso.

Razões para a migração

Caso o pedido ao direito de resgate nesta quinta não superasse a marca de 2 bilhões de reais, o Inter concluiria o processo de reorganização societária até o fim deste mês, com a estreia na Nasdaq no dia 28.

Quem optasse, em vez do resgate em dinheiro, por continuar como acionista receberia um BDR do Inter atendidas as seguintes condições: a cada unit ou a cada três ações preferenciais (BIDI4) ou ordinárias (BIDI3) que tivesse.

Em um segundo momento, esses BDRs poderiam ser convertidos em ações de Classe A na Nasdaq.

O Inter havia decidido mudar seu principal local de listagem para os Estados Unidos para ter “mais acesso aos mercados de capitais globais e, potencialmente, uma base de investidores maior e mais diversa”, disse o banco.

Outra razão foi a “permissão [no mercado de capitais americano] de emissão de ações com voto plural, com o objetivo de permitir futuros aumentos de capital que serão necessários para o crescimento e assegurar a obrigação regulatória de controle definido no Inter.”

(Com a Reuters)

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