Magazine Luiza (MGLU3) cai à mínima do ano em dia de AGO sobre grupamento de ações

O Magazine Luiza (MGLU3) cai mais de 3% na bolsa nesta quarta-feira, 24, pouco antes do início da Assembleia Geral Ordinária (AGO) que debaterá, entre outros temas, o grupamento das ações da empresa. Mais cedo, os papéis chegaram a recuar 5,5% ao serem negociados a R$ 1,36 — o menor patamar do ano. Na semana, a queda é próxima de 10%. As ações do Magazine Luiza caíram 37% no ano e 95% desde a máxima do papel, em novembro de 2020.

O grupamento debatido em AGO será na proporção de 10 para 1. A operação distanciaria o Magazine Luiza da casa dos centavos, tendo em vista que, pelas regras da B3, uma ação não pode ser negociada abaixo de R$ 1 por mais de trinta pregões seguidos. Esta é a primeira vez desde novembro em que a companhia está tão próxima de ser negociado nesse patamar.

Marcelo Boragini, sócio e especialista em renda variável da Davos Investimentos, acredita que o grupamento deverá ajudar a reduzir a volatilidade do papel. “É um esforço para mitigar os efeitos das incertezas econômicas atuais”, diz em nota.

Cenário desafiador

As quedas recentes das ações do Magazine Luiza teve como pano de fundo a piora das projeções no boletim Focus para a inflação brasileira, além da perspectiva de que o ciclo de queda de juros será mais brando que o esperado anteriormente. A companhia esteve entre as mais afetadas pelas altas de juros, dado a maior elasticidade de sua demanda.

Mas preocupações microeconômicas, especialmente em relação ao ambiente concorrencial, também tem afetado o preço das ações. Analistas do BTG Pactual (mesmo grupo controlador da Exame) também ressaltam em relatório que a empresa tem sofrido com o alto custo de financiamento para desconto de recebíveis.

A avaliação da casa é de que o preço da ação está atrativo, mas não há nenhuma perspectiva de a companhia voltar a valer como antes. O preço-alvo do BTG paga o Magalu foi recentemente rebaixado de R$ 6 para R$ 4. O upside, portanto, seria de quase 200% em relação à cotação atual, mas ainda 85% abaixo da máxima histórica da ação.

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