Moro anuncia Pastore como conselheiro econômico para 2022

Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro disse estar preparado para à Presidência da República em 2022. Recém-filiado ao Podemos, o ex-juiz foi o convidado do programa Conversa com Bial, da TV Globo, na madrugada desta quarta-feira, 17. “Estou pronto para liderar esse projeto consistente com o povo brasileiro. Se o povo brasileiro tiver essa confiança, o projeto segue adiante”, declarou.

Perguntado sobre como tem discutido projetos no bastidor político, Moro afirmou que as conversas estão voltadas principalmente para a Economia e anunciou Affonso Celso Pastore como seu conselheiro. “É um dos melhores nomes do País”, disse. “O problema é que esse projeto ainda está sendo construído e a partir do momento em que se revelam nomes, as pessoas ficam sob uma pressão terrível. Eu vou revelar um, e vou pedir escusas para não revelar outros: no nível macroeconômico, quem tem me ajudado é um economista de renome, um dos melhores nomes do país alguém que eu conheço há muito tempo, que é o Affonso Celso Pastore.”

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Pastore é doutor em economia, colunista do jornal O Estado de S. Paulo e foi presidente do Banco Central de 1983 até 1985, fim período da Ditadura Militar. Recentemente, lançou o livro “Erros do passado, soluções para o futuro: A herança das políticas econômicas brasileiras do século XX”.

O ex-juiz informou que também aceitaria renunciar ser “cabeça de chapa”. “Nunca tive a ambição de cargo político. Existem outros nomes que têm se habilitado para fugir dos extremos. Então, se tiverem outras lideranças, não tem nenhum problema de conversarmos. Temos que ter o desprendimento necessário para nos unirmos em algum momento”, apontou.

Ao ser questionado pelo apresentador Pedro Bial se isso seria o anúncio da candidatura, enfatizou: “Essa jornada começa agora com a filiação. Estamos abertos para colocar o Brasil nos trilhos. Vai muito além do combate à corrupção. Precisamos nos tornar o país do futuro finalmente. Estou sim preparado.”

Logo na abertura da conversa, o jornalista transportou Moro de “herói nacional” para “vilão ao se tornar avalista moral do presidente Jair Bolsonaro”. “Gostei da introdução, todo mundo gosta de um bom filme. Não sei se concordo com a característica de vilão”, ponderou. Ao ser indagado se o problema seria apontar o vilão ou procurar os heróis, respondeu: “Precisamos de bons líderes, mas que construam instituições que incentivem a construção de grandes líderes.”

Bial então citou uma entrevista dada ao jornal O Estado de S. Paulo em 2016, em que ele respondeu que “jamais seria candidato”. Na época, Moro afirmou ser “um homem da Justiça”. “Naquele momento, o que vimos foi um Brasil vencendo a corrupção. Estávamos virando o jogo. Estava focado no meu trabalho e acreditava que o jogo iria virar”, defendeu-se. “No entanto, em 2018, tive a oportunidade de virar ministro da Justiça e encarava como missão por um propósito maior. Porém, quando o governo boicotou o projeto de combate à corrupção, passou a adotar um comportamento de, ao invés de coibir, interferir, saí do governo. Estamos perdendo o que construímos a duras penas na Operação Lava Jato”, reforçou.

Moro argumentou que foi convidado pelo Podemos para liderar um projeto de País e recuperar o que chama de “sonhos perdidos”. “Não faltei com a verdade naquele momento, mas o contexto mudou completamente.”



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