Quem está em busca de chocolates para dar de presente na Páscoa deverá se deparar com preços mais salgados. Os ovos de Páscoa subiram, em média, 10,33% este ano. Já os bombons acumulam alta de 11,14% no mesmo período e foram os itens que mais subiram da cesta. É o que mostra o levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) que reúne itens típicos da data.
A pesquisa se baseou nos preços médios apurados semanas antes da Páscoa. Em 2024, considerou do dia 19 de fevereiro até o dia 17 de março. Já em 2023, pesquisou os custos entre os dias 6 de março até 2 de abril.
Brasileiro substitui o bacalhau
A surpresa na pesquisa fica por conta do bacalhau, que registrou uma redução de 2,97% no preço. O item é um dos mais procurados durante a quaresma e a Semana Santa.
Segundo Guilherme Moreira, coordenador do índice IPC-FIPE, o item costuma ter aumento de preços nesta época, mas o comportamento este ano tem sido um pouco diferente. Só que a alta dos alimentos no início do ano, por conta do El Niño, afetou o poder de compra do consumidor:
— Considerando que o bacalhau é mais “nobre”, pode estar havendo uma substituição para outros peixes mais baratos, segurando assim um pouco esses aumentos — explica.
Os pescados tiveram alta de 4,38%. Entre eles, a maior alta foi observada na corvina, que ficou 8,11% mais cara. A sardinha, por outro lado, teve deflação de 6,26%.