Pandemia fecha 20% dos bares e tem Brahma Duplo Malte como hit, diz Credit | Invest

Uma vez por ano, analistas que acompanham o mercado de cervejas brasileiro pelo banco de investimentos Credit Suisse têm uma tarefa que para muitos não seria nenhum sacrifício: visitar dezenas de bares para mapear o desempenho das cervejarias. Com a chegada da pandemia da covid-19 e o chacoalhão que provocou no mercado nacional, a expectativa para o relatório era das mais altas neste início de ano.

Na manhã desta terça-feira, 12, o “beer tour” do Credit chegou. Desta vez, a equipe do banco, com pandemia e tudo, visitou 302 bares em São Paulo (232), Rio de Janeiro, (35) e Vitória da Conquista, na Bahia (35). Foram 187 bares a mais que no ano anterior, e a inclusão de uma diversidade geográfica que mira checar na ponta, e com variedade, como está a presença de marca, a distribuição e a estrutura de preços das grandes cervejarias.

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Mais uma vez, a Ambev, líder absoluta no mercado nacional, foi destaque em distribuição, chegando a 98% dos bares, incluindo 100% dos estabelecimentos em bairros de alta renda. Nos bairros de baixa renda a cervejaria perdeu parte da presença (de 100% para 97%), para botecos que agora vendem apenas marcas da Heineken ou da Petrópolis.

A Heineken, principal concorrente da Ambev e que tem no Brasil o maior mercado para sua principal marca, segue em apuros no ponto de venda. “O alcance da distribuição da Heineken se deteriorou, e os problemas de suprimento da marca principal seguem”, afirma o relatório, liderado pela analista Marcella Recchia. A cervejaria holandesa segue sentindo os efeitos, no Brasil, de uma disputa com a Coca-Cola, responsável por sua distribuição durante anos. A presença da Heineken caiu em todos os segmentos, e de 85% para 78% na média geral. Metade dos bares reclamou da constante falta de produto da marca Heineken.

A principal marca da Ambev, a Skol, segue sendo a mais vendida, seguida mais uma vez pela Heineken.  A Itaipava, do Grupo Petrópolis, parece ter sido uma das perdedoras da pandemia, segundo o Credit Suisse, com sua penetração caindo de 68% para 49% em um ano.

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