Percentual de famílias endividadas em SP bate recorde, diz Fecomercio

O percentual de famílias endividadas na cidade de São Paulo atingiu 74,5% em dezembro, encerrando 2021 em patamar recorde para a série histórica, iniciada em 2010. A informação foi apurada pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Ao menos 2,98 milhões de lares na capital paulista tinham algum tipo de dívida no mês, número que tem sofrido elevações consecutivas desde novembro de 2020. Em dezembro de 2020, eram 688 mil famílias no rol de endividados. Ainda segundo a Peic, cerca de 805,5 mil famílias encerraram 2021 com dívidas em atraso, o que representa um aumento de 54 mil lares em relação ao ano anterior.

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O tempo de comprometimento da dívida alcançou nível recorde em dezembro, com média de 7,9 meses, a maior desde junho de 2020. O aumento foi mais forte entre as dívidas com período superior a um ano, de 32,9% para 41%.

No mês, o número de famílias com dívidas no cartão de crédito também atingiu recorde entre os endividados (87%). O percentual era de 71,3% em 2020, o que representa acréscimo de 958 mil famílias em termos absolutos. “Com o desemprego e a inflação levando a uma retração do poder de compra, para se defender do aumento dos preços as famílias têm buscado o crédito como alternativa para manter o consumo, inclusive de itens essenciais”, apontou a FecomercioSP.

Os carnês aparecem na sequência, em 21% dos lares endividados. Outras modalidades de crédito com percentuais elevados foram os financiamento de carro (14,3%) e casa (11,2%), seguidos pelo crédito pessoal (11,1%) — em maior patamar desde setembro de 2019.

A proporção de endividamento foi maior entre as famílias com renda abaixo de dez salários-mínimos, de 78%, ante 64,2% entre aquelas com renda superior a esse intervalo. Em ambos os casos, patamares recordes na série histórica. Quanto à inadimplência, 24% das famílias com menor poder aquisitivo tinham dívidas em atraso em dezembro, enquanto na faixa com renda mais elevada eram 9,3% — os percentuais no mesmo mês de 2020 eram 23% e 9%, respectivamente.



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