Por que o Itaú Unibanco está interessado na descarbonização dos clientes

De Dubai*

A COP28 caminha para os últimos dias com muitas dúvidas sobre como serão as práticas de mitigação de adaptação em relação às mudanças climáticas. Mas, há também certezas: a transição climática e a necessidade de descarbonização depende de crédito. Pensando nisto, Luciana Nicola, diretora de relações institucionais e sustentabilidade do Itaú Unibanco, tem participado de paineis e conversas duranta COP28.

“Quando olhamos para necessidade de transição climática, todos setores terão que se transformar rumo à descarbonização, e a necessidade de crédito é iminente”, diz. Para ela, isto atinge tanto searas mais maduras no tema, como aquelas que ainda estão começando.

“Para migrarmos para uma economia de baixo carbono, precisamos entender quais são os melhores instrumentos financeiros, e como mostrar o impacto para o processo de adaptação climática”. Contudo, para ela, o assunto ainda é dominado por grandes empresas. ” Estamos falando de grandes companhias que vão impactar cadeias de médias e pequenas. Isto acontece porque as grandes conseguem ter áreas mais robustas para a estruturação de projetos e captação de recursos”.

Luciana Nicola, diretora de relações institucionais e sustentabilidade do Itaú Unibanco, na COP28. (Foto: Leandro Fonseca)

Para aproveitar este momento, o Itaú realiza nos últimos dois anos uma análise de nove setores com alto índice de emissão de carbono. “Buscamos entender as dores e como o processo de transição vai se dar. Depois criamos um portfólio de produtos, principalmente para o agronegócio, um dos setores que tem profundas chances de transformação”.

Agora, o Itaú foca na aproximação dessa narrativa com o cliente. “Seja fazendo um diálogo para mostrar o impacto que ele vai ter ou para apresentar a oportunidade de envolvimento em novos mercados. Estamos entendendo que é preciso um diálogo bastante fluído, que aborde além do crédito, a oportunidade de negócio”.

Mas é preciso trabalhar também dentro de casa. Para servir de exemplo, o banco aderiu, em outubro de 2021, ao Net Zero Banking Alliance, com empresas que, juntas, reúnem 70 trilhões de dólares em ativos e se comprometem a zerar as emissões de carbono de suas carteiras até 2050. “A curva que a desenhamos só vai acontecer se conseguirmos levar os clientes nesse processo de transição. Então é muito importante que eu ajude os clientes para que o Itaú seja Net Zero em 2050”, finaliza Nicola.

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