Rebeca Andrade fecha novo patrocínio e colhe frutos do sucesso no Mundial de Ginástica Artística

Rebeca Andrade e Flávia Saraiva emocionaram o Brasil no último domingo ao conquistarem as medalhas de prata e bronze no solo, no Mundial de Ginástica Artística disputado em Antuérpia, na Bélgica.

Fruto deste sucesso já rendeu um patrocínio a Rebeca: a Parmalat Whey Fit, linha de bebidas e suplementos proteicos da Parmalat anunciou parceria com ela e outros dois medalhistas olímpicos: Luisa Stefani (tênis) e Isaquias Queiroz (canoagem).

Rebeca Andrade fez história mais uma vez e conquistou cinco medalhas: três de prata (equipes, individual geral e individual no solo), uma de ouro (individual no salto) e uma de bronze (individual na trave).

Esta já é a melhor campanha do Brasil em Mundiais, com seis medalhas. A marca anterior era de três medalhas e foi registrada em Liverpool, em 2022. Já Rebeca Andrade se tornou apenas a 11ª da história a conquistar medalhas em todos os aparelhos, se consolidando a como a maior atleta brasileira da história da modalidade.

Proximidade das Olimpíadas como atrativo ao marketing

Apesar da Ginástica Artística brasileira sempre ter sido um potencial técnico, nunca foi um esporte popular e que tenha caído nas graças do público. No entanto, com a proximidade das Olimpíadas, especialistas em gestão e marketing esportivo entendem que esse pode ser o momento de expandir fronteiras, inclusive em relação às marcas.

“Este período pré-olímpico é estratégico para as marcas enxergarem atletas que possuem sinergia com sua comunicação, o mercado automaticamente está aquecido. Aqui na Heatmap desenhamos algumas ativações para os irmãos atletas de vôlei Alan e Darlan, objetivando não apenas o período das Olimpíadas mas também os anos posteriores. É importante que as marcas patrocinadoras enxerguem um mundo maravilhoso do esporte brasileiro que não é só o futebol”, alerta Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo, e que faz a captação de contratos entre marcas envolvendo profissionais do esporte.

“A Rebeca e a Flávia, há tempos, dão show dentro e fora das competições. Trazem valores, emocionam, conquistam. Além da imagem de vencedoras natas e da história de luta de suas carreiras, possuem um carisma e carinho do público muito genuínos. As marcas precisam estar atentas nas oportunidades que temos em outros esportes, que transcendem os mais populares como o futebol e vôlei, por exemplo. Assim, conseguem embarcar em uma jornada importante de presença e relacionamento aos valores trazidos por atletas, que se tornam heróis e heroínas em suas modalidades ao longo do tempo. A proximidade dos Jogos Olímpicos amplia ainda mais o leque de oportunidades e traz um canhão de visibilidade. Contudo, é importante a construção de uma parceria perene entre marca e atleta patrocinado, com um plano estratégico bem definido e traçado, para que não haja uma relação pontual, mas sim de apoio, presença e resultados ao longo do tempo”, aborda Danielle Vilhena, head de marcas da Agência End to End.

“A proximidade das Olimpíadas fatalmente atrai diversas marcas, ainda mais quando são atletas vencedoras em suas modalidades. A Ginástica Brasileira é competitiva, as duas são muito carismáticas, têm camadas digitais relevantes e Paris 2024 é logo ali. Se a Rebeca já extrai bons resultados comerciais por ter sido campeã olímpica, para a Flavia, esse é o grande momento de buscar seus parceiros”, corrobora Armênio Neto, especialista em negócios do esporte e sócio-fundador da Let’s Goal.

Se não bastasse tudo isso, Rebeca Andrade ganhou a reverência de ninguém menos do que Simone Biles, que durante a premiação das medalhas do solo, fez um gesto como se estivesse passando uma coroa para a brasileira. A atleta norte-americana é a maior da ginástica, com 37 medalhas conquistadas, sendo 30 em Mundiais e sete em Jogos Olímpicos.

“As espetaculares conquistas de Rebeca e Flávia no Mundial devem ser muito celebradas e criam ainda mais expectativa por medalhas olímpicas na modalidade, é desafio dos gestores que cuidam de suas carreiras, porém evitar que elas voltem a aparecer somente meses antes das Olimpiadas 2024. É necessário fazer com que elas sigam em evidência todos as semanas através de conteúdo, PR, Cross com outras modalidades, atraindo parceiros comerciais para contratos de longo prazo, já pensando no ciclo olímpico de 2028 e não somente 2024″, aponta Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.

“Rebeca Andrade vem capitalizando comercialmente desde a excelente performance nas Olimpiadas de Tóquio, ou seja, vários patrocínios e milhões de novos seguidores. Receber a “coroa” de Simone Biles no Mundial proporcionará ainda mais força ao que já estava ocorrendo”, opina Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo, e que faz a captação de contratos entre marcas envolvendo profissionais do esporte.

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