Riscos para inflação são de alta, alerta presidente do BCE

A presidente do Banco Central Europeu reconheceu nesta quinta-feira que a inflação na zona do euro está mais forte do que o esperado e com riscos inclinados para cima, mas continuou a prever que ela vai arrefecer ao longo deste ano.

Falando depois de o BCE ter deixado a política monetária inalterada, conforme esperado, Lagarde disse em entrevista à imprensa que as autoridades não vão se precipitar com novos movimentos, mas também escolheu não repetir seu comentário anterior de que uma alta dos juros este ano é muito improvável.

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“A inflação deve permanecer elevada por mais tempo do que o esperado anteriormente, mas cairá ao longo deste ano. Em comparação com nossas expectativas de dezembro, os riscos para a inflação são de alta, particularmente no curto prazo”, disse ela.

“A situação de fato mudou.”

Lagarde disse a repórteres que, embora tenha havido “preocupação unânime” entre os membros do Conselho do BCE sobre a inflação, eles também estavam determinados a não tirar conclusões precipitadas até que mais informações estejam disponíveis.

“Continuaremos a observar a sequência com a qual concordamos e (seremos)…graduais em qualquer determinação que fizermos”, disse ela.

Enquanto outros bancos centrais como o britânico e o norte-americano apertam a política monetária, o BCE deixou-a inalterada mais cedo, permanecendo no caminho de fornecer estímulos abundantes.

Lagarde disse que a taxa de inflação de janeiro acima do esperado, de 5,1%, foi resultado do impacto direto e indireto de um aumento nos custos da energia, com preços mais altos de alimentos também pesando devido a custos elevados de transporte e fertilizantes.

Ela disse ainda que o impacto da pandemia de Covid-19 está se tornando menos agudo a cada onda, mas destacou que as medidas nacionais de contenção do vírus ainda podem afetar a atividade.

Há muito o banco central dos 19 países que partilham o euro argumenta que a inflação diminuirá em breve, sem sua intervenção, e que, na verdade, recuará abaixo de sua meta de 2% até o fim do ano, de modo que retirar o apoio agora seria contraproducente.



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