Temporal deixa bombeiros ilhados durante operação de buscas em São Sebastião

A forte chuva que atingiu São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, na tarde desta terça-feira, 28, deixou cerca de 30 bombeiros ilhados em uma área de risco no bairro da Baleia Verde. O local é alvo de buscas após o temporal do domingo de carnaval. O grupo, que precisou ser resgatado, procurava por um caseiro de 52 anos que segue desaparecido.

“Na tarde de hoje, 28, ocorreu uma forte chuva no local de buscas com deslizamentos de terra, o que fez com que fosse antecipada a retirada das equipes. Toda a operação ocorreu dentro da normalidade e segurança”, afirmou a corporação nas redes sociais.

Chuva leva medo aos bairros

A chuva desta terça causou problemas e medo nos bairros da costa sul da cidade. Na Vila Sahy, onde foram registradas 64 mortes após o temporal de domingo de carnaval, voltou a encher e um rio de lama desceu das encostas. Cambury, Boiçucanga e Maresias também tiveram alagamentos.

A previsão para os próximos dias no litoral norte é de fortes chuvas. As buscas por vítimas entraram no décimo dia com foco no bairro da Baleia Verde. A informação inicial é que no local teria um idoso desaparecido. Até agora, os maiores esforços estavam concentrados na Vila Sahy, bairro humilde no pé da Serra do Mar de onde 64 corpos foram retirados. Em Ubatuba, a chuva causou uma morte.

Apesar de inicialmente todos os desaparecidos na Vila Sahy terem sido encontrados, o Corpo de Bombeiros prossegue com as buscas no município. No domingo, 19, São Sebastião registrou 626 mm de precipitação. Em Bertioga, 682 mm. Os maiores volumes já registrados no Brasil. Um milímetro de chuva equivale a um litro de água por metro quadrado.

Até o momento, das 64 mortes confirmadas na cidade, 20 são homens adultos, 18 mulheres adultas e 18 são crianças. Desses, 55 corpos já foram identificados e liberados para os enterros. Ao todo, 26 pessoas foram resgatadas com vida. O município tem hoje 887 moradores desalojados ou desabrigados.

Na manhã de segunda-feira, o Navio Aeródromo Atlântico, da Marinha, foi ancorado próximo à Juquehy e Barra do Sahy, para ficar mais perto das áreas mais atingidas.

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