Usiminas supera projeção de lucro, mas ações recuam 5%. Entenda

A Usiminas (USIM5) divulgou na manhã desta sexta-feira, dia 11, um crescimento de 30% no líquido do quarto trimestre na comparação anual, para 2,49 bilhões de reais.

O resultado superou em mais de 100% o consenso de expectativas de mercado, que apontava 1,2 bilhão de reais, impulsionado por correção de créditos tributários e menores perdas com câmbio.

As da siderúrgica, no entanto, recuam cerca de 5% neste início de tarde. A razão é que a geração de caixa operacional medida pelo Ebitda recorrente ficou em 1,8 bilhão de reais no quarto trimestre, 16% abaixo das expectativas compiladas pela Bloomberg e 33% abaixo das projeções do Goldman Sachs.

Esse indicador foi negativamente impactado por custos de produção de aço mais elevados e por preços menores do minério de ferro.

No acumulado do ano, o lucro líquido da companhia subiu para um valor recorde de 10,1 bilhões de reais, à medida que as vendas de aço atingiram o nível mais alto desde 2013, para 4,8 milhões de toneladas, e as vendas de minério de ferro avançaram para 9 milhões de toneladas, o maior resultado para um ano.

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A receita líquida do trimestre somou 8,05 bilhões de reais no período, por outro lado, ficou abaixo da projeção de 8,49 bilhões de reais, segundo dados da Refinitiv. Analistas do BTG Pactual (BPAC11) projetavam 7,941 bilhões de reais de receita líquida.

O dado representa uma alta de 47% no trimestre frente a um ano antes, mas queda de 11% em relação ao terceiro trimestre do ano passado, em meio a volumes sazonalmente menores para aço e minério de ferro.

Paralelamente, a empresa anunciou projeções para 2022, com estimativas de investimentos totais de 2,05 bilhões de reais para o ano e de despesas financeiras líquidas de 150 milhões de reais.

No resultado operacional, a Usiminas espera que sua unidade de mineração venda de 8,5 milhões a 9 milhões de toneladas de minério de ferro em 2022. As vendas de aço foram estimadas entre 1,1 milhão e 1,2 milhão de toneladas para o primeiro trimestre.

A visão dos analistas do BTG Pactual

Para os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner, do BTG Pactual, em relatório no fim de janeiro, a Usiminas apresenta seus múltiplos mais baixos na década (2x Ebitda estimado para 2022), ainda que seja uma companhia muito melhor atualmente graças a avanços em trimestres anteriores. Eles a definem como uma empresa esquecida.

Com um aumento esperado do  do aço vendido para a indústria automotiva, há espaço para revisão dos números da companhia da ordem de 20% a 30%. “Nós acreditamos que a Usiminas pode entregar um Ebitda em torno de 9 bilhões de reais neste ano e que isso não está precificado”, apontaram Correa e Greiner no relatório.

Segundo a avaliação, a cotação da Usiminas está descontada atualmente em razão de uma correção esperada de até 20% nos preços do aço em geral (ou seja, além de auto) em 2022, que os analistas consideram improvável — a visão é que ficarão estáveis.

Os analistas têm recomendação de compra para a siderúrgica, com preço-alvo em 12 meses de 25,00 reais. Isso implica um upside — potencial de valorização — de cerca de 50% em relação ao fechamento da quinta-feira, dia 10, de 16,78 reais.

(Com a Reuters)

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