Vítimas brasileiras de colapso da FTX se multiplicam: ‘Era tudo o que eu tinha’

Antônio perdeu o chão no mês passado quando a crise de liquidez da FTX começou a se desdobrar no travamento de saques da plataforma: era o início de uma derrocada que resultaria na falência da exchange de criptomoedas dias depois e cujo episódio mais recente foi a prisão do fundador da empresa Sam Bankman-Fried pelas autoridades da Bahamas, que acataram um pedido do governo dos EUA, para onde SBF deverá ser deportado.

Enquanto a cela aguarda o ex-magnata, que até alguns meses posava de “salvador do mercado de criptomoedas”, Antônio (nome fictício) junta os cacos após vender uma casa, comprada com as economias de seis anos, para investir em criptomoedas.

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À BBC Brasil o chef de cozinha disse que decidiu transferir US$ 50 mil que ele tinha em outra exchange para a FTX, decisão que teria sido motivada pelo burburinho nas redes sociais em torno da ascensão da plataforma de SBF, a fim de apostar no swing trading, que é uma estratégia de negociação de curto prazo, em linhas gerais.

Antônio disse ainda que o dinheiro mantido na FTX era “tudo que tinha” e que “ficou no zero” após uma tentativa frustrada de sacar seus investimentos, quando, segundo ele, “o desespero pegou.” Mas o morador de Santa Catarina está longe de ser um caso isolado quando o assunto é as vítimas brasileiras que perderam seus investimentos na FTX.

André Fauth, um trader profissional do Rio Grade do Sul, acabou fazendo uma operação emergencial para tentar lucrar com R$ 1 milhão preso na FTX, investimento que representava uma parte significativa de seu patrimônio e que seria aplicado em imóveis e outros investimentos nos próximos anos, sonhos que ficarão para depois, segundo ele.

Apesar da perda milionária, o youtuber disse que mantém sua confiança no Bitcoin e outras criptomoedas e que, apesar de ter recebido críticas, o caso FTX foi um “roubo”, “fora do controle.”

Outro brasileiro que viu seus investimentos desaparecerem na FTX foi o gesto0r de projetos Nélio Castro, que elogiou a interface da plataforma da FTX e explicou que a exchange de SBF estava listada entre as três maiores do mundo, razão pela qual não enxergou risco de perder os US$ 10 mil custodiados na plataforma, os quais ele pretendia sacar a fim de pagar antecipadamente a anuidade da escola da filha.

A Justiça dos EUA se apresenta como uma estrada quase que intransitável aos investidores brasileiros do varejo que tentam reaver seus investimentos, já que os custos com honorários advocatícios não compensariam a empreitada. O que não deve ser o caso do empresário Ray Nasser, da mineradora de Bitcoin Arthur Mining, que, segundo a publicação, deverá representar fundos e investidores brasileiros e latino-americanos que tenham aportados a partir de US$ 100 mil na FTX, ação que deverá ultrapassar US$ 35 milhões pelo total de prejuízos, segundo uma publicação da Bloomberg Línea.

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