Os intelectuais e o poder, segundo Paulo Francis

A relação entre os intelectuais e o poder sempre foi tormentosa. Os representantes da chamada elite intelectual de um país geralmente prezam a racionalidade, a coerência e a ponderação – características nem sempre presentes entre os governantes. Além disso, são indivíduos que promovem um constante questionamento de conceitos, possuem curiosidade abissal para entender as razões que engatilham os fatos e estão sempre em uma espécie de transe, que é a análise constante da realidade. Esses traços levam fatalmente à crítica, à indagação e ao desnudamento de intenções.

Entre esse grupo, há evidentemente os puxa-sacos, que se locupletam da proximidade com o poder e fazem vistas grossas a eventuais barbaridades. E também coabitam os partidários das ideologias de praxe. Mas, no universo intelectual, raramente existem extremistas (há alguns, é claro). Pode-se observar inúmeros intervalos ideológicos entre a direita e a esquerda. Os intelectuais vão preenchendo estes espaços, mas boa parte deles acaba se fixando à esquerda do centro.

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