BCE corta estímulo emergencial, mas promete apoio contínuo

O Banco Central Europeu (BCE) cortou mais estímulos à economia da zona do euro nesta quinta-feira, mas prometeu apoio abundante para 2022, confirmando sua visão relaxada sobre a inflação e indicando que qualquer saída de anos de política monetária excepcionalmente estimulativa será lenta.

Com a economia da zona do euro agora de volta ao tamanho pré-pandemia, está aumentando a pressão sobre o banco para que ele siga seus pares globais e feche as torneiras de dinheiro. Mas as autoridades estão preocupadas com a possibilidade de que um recuo acelerado do estímulo possa desfazer anos de esforços para reacender a inflação, antes anêmica.

“O Conselho do BCE avalia que o progresso na recuperação econômica e em direção à sua meta de inflação de médio prazo permite uma redução gradual no ritmo de suas compras de ativos nos próximos trimestres”, disse o órgão em um comunicado.

Mantendo sua abordagem incremental, o BCE cortará as compras de títulos sob seu Programa de Compras de Emergência da Pandemia (PEPP) de 1,85 trilhão de euros no próximo trimestre e encerrará o esquema em março, conforme esperado.

No entanto, aumentará as compras de títulos sob seu Programa de Compra de Ativos (APP, na sigla em inglês), de maior duração, porém mais rígido, mantendo o BCE ativo no mercado. O banco central dos 19 países que compartilham o euro disse que considera o salto recente na inflação como temporário.

O BCE dobrará as compras para 40 bilhões de euros em títulos sob seu Programa de Compra de Ativos (APP) –já existente antes da pandemia– no segundo trimestre, antes de desacelerá-las para 30 bilhões de euros no terceiro trimestre.

A partir de outubro, as compras serão mantidas em 20 bilhões de euros pelo “tempo necessário” para reforçar o impacto acomodatício de suas taxas de juros, disse o banco.

Embora a “recalibração” do BCE deva deixar as compras de ativos bem abaixo de seus níveis atuais, o corte efetivo provavelmente será muito menor, já que as novas emissões de títulos do governo diminuirão, de modo que o BCE continuará absorvendo a maior parte da nova dívida.

O banco também manteve sua orientação futura sobre os juros e compras de ativos, embora alguns esperassem pelo menos um ajuste por parte do órgão.



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