Brasil tem mais pessoas na extrema pobreza em janeiro que há uma década

A taxa de pobreza extrema no Brasil começa 2021 em alta com o fim do auxílio emergencial em dezembro. Reportagem do jornal Folha de S.Paulo deste domingo, 31, informa que o país tem hoje mais pessoas na miséria do que antes da pandemia e em relação ao começo da década passada, em 2011.

Neste mês de janeiro, 12,8% dos brasileiro passaram a viver com menos de R$ 246 ao mês (R$ 8,20 ao dia), linha de pobreza extrema calculada pela FGV Social a partir de dados das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (Pnads) Contínua e covid-19, informa o jornal. No total, segundo projeção da FGV Social, quase 27 milhões de pessoas estão nessa condição neste começo de ano – mais que a população da Austrália. A taxa neste começo de década é maior que a do início da anterior (12,4%) e que a de 2019 (11%).

Trata-se de um aumento significativo na comparação com o segundo semestre de 2020, quando o pagamento do auxílio emergencial a cerca de 55 milhões de brasileiros chegou a derrubar a pobreza extrema, em agosto, para 4,5% (9,4 milhões de pessoas) – o menor nível da série histórica.

O efeito negativo da pandemia sobre a renda dos mais pobres já tenderia a ser prolongado levando-se em conta a recuperação difícil que o Brasil tem à frente (quase sem espaço no Orçamento público para novas rodadas de auxílio emergencial), o aumento das mortes pela covid-19 e o atraso no planejamento da vacinação.

O pagamento do auxílio emergencial custou cerca de R$ 322 bilhões, a maior despesa do Orçamento de Guerra contra a covid-19. Com essa e outras medidas emergenciais, em 2020 a dívida pública saltou 15 pontos, atingindo 89,3% como proporção do PIB e R$ 6,6 trilhões – ambos recordes que levaram à deterioração no perfil de refinanciamento.

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