BTG Pactual (BPAC11) planeja oferecer crédito imobiliário a clientes

O BTG Pactual (BPAC11) planeja complementar sua prateleira de produtos com o lançamento de financiamento imobiliário para clientes de alta renda.

“Os principais produtos já estão na plataforma. O produto importante que ainda não temos é o financiamento imobiliário. Esperamos que esse entre nos próximos trimestres”, disse Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual, em entrevista nesta tarde de quarta-feira, dia 16, após o banco divulgar o resultado do quarto trimestre de 2021.

Segundo Sallouti, o BTG deve buscar parcerias para começar a oferecer crédito imobiliário, mas descartou que um deles seja o Banco Pan (BPAN4). “Com o Pan podemos fazer parcerias para crédito consignado e automotivo.”

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A frente de crédito tem se tornado cada vez mais relevante no balanço da companhia. No último trimestre, a carteira de empréstimos corporativos e a pequenas e médias empresas (PMEs) cresceu 20%, para R$ 106,6 bilhões. A receita gerada pela vertical, de R$ 743 milhões no trimestre, foi 25% superior à do mesmo período de 2021 e a segunda mais representativa do balanço, atrás apenas da área de Sales & Trading, que gerou R$ 917 milhões.

As units do BTG Pactual (do mesmo grupo que controla a EXAME), subiram perto de 2,5% nesta quarta.

A performance no quarto trimestre, segundo Sallouti, se deu em razão da melhora do cenário competitivo.

“Estávamos mais retraídos quando o ambiente estava mais irracional. Mas alguns agentes que não estavam focados em rentabilidade e spread mudaram de postura.” Sallouti disse esperar que a área continue crescendo em 2022, mas em ritmo menor que em 2021, dada a expansão recente e o pano de fundo macroeconômico.

Sallouti também projeta um cenário mais desafiador para a divisão de investment banking, que considera as receitas com emissão de dívida e , além de assessoria para processos de fusão & aquisição.

“Parte da diminuição da atividade em ação deve ser compensada por emissão de dívida e fusões e aquisições. Mas o mais provável é que não compense toda a queda da parte de .” O CEO do BTG pontua que, devido à recente alta de juros, o mercado deve ficar mais criterioso com ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês).

“No momento em que ficar claro que chegou ao fim o ciclo de alta de juros e se começar a deslumbrar uma queda de juros, podemos ver o mercado de renda variável mais forte, como vínhamos vendo”, disse Sallouti.

Se depender do cenário-base projetado pelo BTG Pactual, esse momento não deve demorar para chegar.

A perspectiva do banco de investimentos, o maior da América Latina, é que a taxa possa começar a ceder já no segundo semestre. Mas, antes, a taxa básica de juro deve subir do atual patamar de 10,75% para 12,50% ao ano. O gatilho para a queda de juros, segundo Sallouti, deve ser a ancoragem das expectativas de inflação para 2023. O CEO, porém, pontua que o resultado da eleição deve ter impacto direto sobre as perspectivas de queda de juros.

“O cenário eleitoral e, principalmente, a expectativa sobre a política econômica [do candidato vencedor na disputa] vão impactar a decisão de juros. Partindo de que as expectativas sejam neutras, com projeções de inflação de 5% para este ano e de 3% para 2023, podemos ter espaço para queda de juros”, afirmou o executivo.

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