Ciclos de baixa do bitcoin são coisa do passado, diz Pantera Capital | Future of Money

Dan Morhead, CEO da gestora de investimentos em criptomoedas Pantera Capital, apresentou uma série de dados na última edição do boletim “Blockchain Letter” para mostrar que os ciclos de baixa acentuada do bitcoin, com quedas de preço de até 80%, são coisa do passado.

De acordo com Morhead, os halvings, eventos em que a emissão de novos BTCs é cortada pela metade, terão cada vez menos efeitos sobre a ação de preço da maior criptomoeda do mercado. Até então, os ciclos do mercado de criptomoedas se estruturavam em torno do evento, que é programado para acontecer de quatro em quatro anos, e a partir dele era possível antever alguns movimentos do preço do bitcoin, conforme explica o CEO da Pantera Capital:
O bitcoin historicamente atingia o fundo 459 dias antes do halving, subia um pouco antes do evento e explodia rumo ao topo posteriormente a ele. As altas após o halving duraram em média 446 dias – desde o halving até o pico do ciclo de alta. No ciclo atual, o mercado chegou ao fundo 514 dias antes do halving. Se a história se repetisse, o bitcoin deveria ter atingido o pico em agosto de 2021. Dessa vez, atingiu seu pico um pouco mais cedo – em 14 de abril, em US$ 64.863.

Conforme é possível ver no gráfico abaixo, a era da volatilidade extrema pode estar chegando ao fim.

Ciclos de preço do bitcoin ao longo da história.

Ciclos de preço do bitcoin ao longo da história. (Pantera Capital/Reprodução)

A tese de Morhead se baseia na mudança da relação stock-to-flow a cada halving. O primeiro halving, em 2013, reduziu a emissão de novos bitcoins em 15% do total de BTC então em circulação, causando um grande impacto sobre a entrada de novas moedas no mercado e, portanto, teve um grande impacto também no preço.

Desde então, a cada novo halving, o impacto vem diminuindo de forma evidente e deverão diminuir ainda mais nos próximos, afirma o CEO da Pantera Capital:
O segundo halving diminuiu a emissão de novos bitcoins em apenas um terço em relação ao primeiro primeiro. E, muito interessante, teve exatamente um terço de impacto sobre o preço. O halving de 2020 reduziu novamente a emissão de novos bitcoins em cerca de um terço em relação ao halving anterior. Teve um pouco menos de um terço de impacto sobre o preço.

A conclusão de Morhead é de que o bitcoin está entrando em uma nova fase de preços em que as correções serão mais suaves . O próprio recuo observado na queda de maio seria prova disso. Depois de duas correções pesadas de 83% após alcançar novos recordes históricos de preço em 2013 e 2017, este ano a queda ficou em 54%.

Após um breve ciclo de baixa desde então, o mercado está de volta a um ciclo de alta, afirma:
Minha sensação é que terminamos o ciclo do último halving em abril. Tivemos um período de “insanidade temporária” – em que as proibições chinesas à mineração eram consideradas negativas – e agora estamos em um novo mercado altista.

O lado negativo dessa constatação, ele afirma, lembrando a máxima de que “não há almoço grátis”, é que assim como as quedas serão mais suaves, os ralis de alta também assim o serão. Dificilmente valorizações de 1000% em um ano se repetirão no futuro.

Nos doze meses anteriores ao último recorde histórico de preço, em abril, o bitcoin valorizou-se em 822%. No ciclo anterior, a alta acumulada foi 2.440%.

A ação de preço do Bitcoin nos ralis prévios e posteriores aos halvings ao longo da história.

A ação de preço do Bitcoin nos ralis prévios e posteriores aos halvings ao longo da história. (Pantera Capital/Reprodução)

 



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