Colocando em prática o ESG por meio do empreendedorismo feminino

O significado e a importância do ESG não são mais novidade para ninguém. Até mesmo as críticas sobre a aplicação e resultados efetivos dessa sopa de letrinhas também já podem ser encontrados por aí. Mas pouco se fala do COMO fazer. E quando já se tem pautas definidas de atuação na empresa, como o ODS – 5 Igualdade de Gênero (objetivo de desenvolvimento sustentável da ONU), falta entender como transformar o genérico S de Social em ações palpáveis e com impacto mensurável na vida das mulheres.

Para a sorte de quem está atuando ou buscando entender como aplicar o ESG, surgem artigos como o do Ricardo Sales (não o ex-ministro do país) apresentando tendências em diversidade para o ano de 2023 que podem servir de inspiração.

Destaco aqui duas das tendências listadas por ele, que apoiam a implementação do ESG em empresas ao mesmo tempo em que apoiam o empreendedorismo feminino:

Inclusão socioeconômica

Não é novidade a extrema desigualdade do país. Num mundo pós pandemia, essa desigualdade só se aprofundou. E quando falamos das mulheres, o buraco foi ainda mais embaixo: nos piores momentos da pandemia, a taxa de desemprego feminino era quase 50% maior do que o masculino (IBGE, 2021).

Por isso, apoiar as mulheres que perderam seu emprego, abriram ou intensificaram atividades que forneciam uma renda “extra” se faz extremamente necessário. Qual apoio? Oferecendo capacitações, eventos, mentorias, aceleração de negócios, oferta de capital e crédito são caminhos para promover a inclusão daquelas que hoje estão à frente de um nano, micro, pequeno, médio empreendimento e até para startups.

Criar internamente, patrocinar iniciativas de terceiros ou se unir a organizações que atuem nesta frente é muito bem-vindo!

Diversidade na cadeia de valor

Não é só com conteúdo e formação que se apoia as mulheres. Conforme já explicitado em meu último artigo, uma das principais necessidades das empreendedoras é o acesso ao mercado. Como fazer isso?

O RME Conecta, programa da RME, realiza algumas ações que apoiam as empresas em sua caminhada para ter mais diversidade no mundo de compras corporativas.

As ações incluem:

  • a realização de Rodadas de Negócios, encontros online ou presenciais para conexão entre negócios de médio e grande porte liderados por mulheres à grandes empresas;
  • a disponibilização de portfólio online de empreendedoras, para que as empresas consultem e comprem;
  • projetos especiais desenhados para atender as necessidades das grandes empresas.

A sua empresa, já implementa alguma dessas iniciativas? Se você ainda tinha alguma dúvida de como tirar o ESG do papel, agora é só ir em frente!

*Bia Leite é gestora de projetos, formada em gestão ambiental pela USP e pós-graduada em gestão de projetos pelo Senac. Atua há quase dez anos em negócios e organizações sociais, nas áreas de longevidade, desenvolvimento local, cultura e empoderamento feminino



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