Congresso mantém sigilo sobre autores das emendas de relator passadas

O Congresso Nacional redigiu nesta quinta-feira um ato conjunto, entre Câmara e Senado, que contraria decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o chamado orçamento secreto. A cúpula do Legislativo afirma que não vai divulgar os nomes dos parlamentares que já direcionaram verbas das emendas de relator a estados e municípios. A ampla publicidade, exigida pelo Judiciário, só seria colocada em prática no futuro, a partir de novas indicações.

A decisão que mantém o sigilo de negociações ocorridas no passado cria um impasse diante da posição do Supremo. O orçamento secreto foi suspenso justamente por falta de transparência.

O documento, revelado pelo Antagonista e ao qual o GLOBO teve acesso, alega que é impossível expor as milhares de demandas recebidas pelo relator-Geral do Orçamento de forma retroativa, com sugestões de alocação de recursos por parte de parlamentares, prefeitos, governadores e ministros.

Hoje, as emendas de relator estão concentradas nas mãos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Parlamentares relatam que muitas das demandas foram atendidas a partir de pedidos informais. Isso não quer dizer, porém, que não haja documentação que possa identificar os beneficiários do passado.

No Congresso, há o diagnóstico por parte do grupo favorável à decisão do STF que a divulgação desse material teria o potencial de desencadear uma crise, já que ficaria claro o favorecimento de alguns parlamentares em detrimento de outros.



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