Conheça Yvon Chouinard, que detestava ser bilionário, abriu mão de fortuna e deixou lista da Forbes

Quase metade dos 2.640 bilionários do planeta está menos rico este ano do que em 2022, de acordo com o ranking da Forbes divulgado no início do mês. Mas, mais do que encolher o patrimônio, 254 deixaram a lista. Os EUA, com o maior número de super-ricos do mundo, perderam 47 nomes, atrás apenas da China, com 80 nomes a menos.

Além de rostos famosos como Kanye West e Sam Bankman-Fried, um super-rico por trás de uma marca famosa chamou a atenção: Yvon Chouinard, alpinista, ambientalista, filantropo e empresário, fundador e ex-proprietário da Patagonia, empresa de roupas e acessórios esportivos conhecida por seu foco ambiental.

Chouinard, que há muito reclamava de fazer parte de listas de riqueza da Forbes, chegou a declarar ao New York Times que estava “horrorizado por ser visto como um bilionário”. Ele desistiu de seu lugar em setembro de 2022, quando doou todas as ações da empresa para um fundo e uma organização sem fins lucrativos que atuam no combate ao aquecimento global.

Para tanto, a esposa do empresário e seus dois filhos adultos também abriram mão de suas partes nos ganhos na empresa. O patrimônio líquido estimado hoje de Chouinard é de menos de US$ 100 milhões, contra cerca de US$ 1,2 bilhão em 2022.

Yvon Chouinard nasceu em 9 de novembro de 1938. Colaborou com a evolução dos equipamentos de escalada, principalmente nas décadas de 1960 e 1970 e foi um dos principais alpinistas da “Era de ouro da escalada no parque de Yosemite”.

Durante uma viagem à Escócia em 1970, Chouinard comprou uma camisa de rugby que usava enquanto escalava nos EUA. O tecido resistente atraiu outros alpinistas, então ele começou a importar algumas camisas.

Da revenda de roupas, fundou a Patagonia, em 1973, e criou uma marca de roupas esportivas que fez um enorme sucesso. A empresa destina 1% das vendas para financiar grupos ambientalistas.

Chouinard , hoje com 84 anos, começou a pensar na reestruturação há cerca de três anos. Mas a decisão de abrir mão da empresa cinquentenária foi apenas o capítulo adicional em uma história pessoal baseada em escolhas humildes, o mínimo de luxo e uma jornada ativista que inclui concessões de lucro corporativo e batalhas judiciais com o governo americano pela preservação ambiental.

Mesmo na época de bilionário, preferia roupas usadas, dirigia um antigo Subaru e dividia seu tempo entre duas casas modestas — nada de mansão. Chouinard também não tem computador ou celular.

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