Desempenho do PIB foi bom no combinado de 2020 e 2021, diz Campos Neto

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira que o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil foi bom no combinado de 2020 e 2021, mas reconheceu que há revisões para baixo em 2022.

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“Há previsões mais baixas para 2022. O Brasil tem crescimento estrutural mais baixo do que os outros países. Por isso, precisamos seguir com as reformas, para aumentar esse crescimento estrutural, disse Campos Neto, em participação de evento na Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

O presidente do Banco Central destacou também surpresas negativas sobre o crescimento na Ásia e afirmou que a retomada global já está em desaceleração.

Em relação à Ásia, Campos Neto destacou as “batalhas particulares” da China, como a construção civil, com o problema com a Evergrande e imóveis vazios.

O presidente do BC também citou a regulamentação das empresas de tecnologia e seu desmembramento, a tentativa de se adequar às metas de carbono, que já vem causando racionamento de energia, e outros conflitos, como com a carne brasileira. “Já há uma reação inicial nos preços de ações e imóveis, com o governo chinês tentando amenizar a queda.”

Além disso, Campos Neto destacou que alguns países estão alongando um pouco os auxílios criados na pandemia de covid-19, mas em menor intensidade.

Inflação de serviços

Campos Neto avaliou que a inflação de serviços no país está “relativamente bem comportada”, e que tem subido porque a economia está reabrindo em meio ao arrefecimento da pandemia de Covid-19.

Ao participar de reunião da Associação Comercial de São Paulo transmitida online, ele frisou que o BC segue olhando o número de serviços de perto.

Campos Neto disse que a economia está “quase toda reaberta”, pontuando que os índices analisados pelo BC mostram grau de reabertura “bastante grande”.

Câmbio

Campos Neto também disse que a depreciação do real neste ano está na média e até “um pouquinho melhor” na comparação com outros países.

Em reunião da Associação Comercial de São Paulo, ele afirmou que a primeira onda de surpresa inflacionária ocorreu em 2020, sendo ligada a alimentos e ao comportamento do câmbio, com a moeda tendo se depreciado “muito” no ano passado.

Segundo Campos Neto, o segundo choque na inflação, em 2021, foi basicamente por preços monitorados.



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