Gilmar defende atos pró-democracia e vê Bolsonaro como “alma torturada”

Os protestos que eclodiram no país nos dois últimos finais de semana em reação a bandeiras antidemocráticas, como o fechamento do STF e do Congresso, são evidências da resiliência da sociedade e fundamentais para proteger a democracia das tendências autoritárias do presidente Jair Bolsonaro, disse o ministro Gilmar Mendes, em entrevista à Bloomberg na noite de quarta-feira, em seu gabinete.

“Estamos sendo a toda hora testados. A sociedade começa a tomar consciência disso. Houve uma certa anestesia, mas as instituições têm dado demonstração de resiliência, as manifestações de rua são muito importantes no sentido de dizer que tem limite para tudo isso”, disse o ministro.

Mendes afirmou entender a “irritação” de Bolsonaro com o STF e o Congresso, que têm suspendido várias de suas medidas, mas que isso ocorre porque o presidente tem poder limitado.

“O grupo que o assessora tem uma ideia de um presidencialismo imperial. Tanto que ele usa muito a expressão ‘estão esvaziando minha caneta, o STF tirou minha caneta’, como se bastasse baixar um decreto”.

O ministro lembrou que todos os governos da história recente conviveram bem com o sistema de pesos e contrapesos, mas que ele está mais ativo agora no governo Bolsonaro porque há “provocações”, incluindo ameaças para desativá-los.

“As instituições estão em funcionamento e tem dado respostas. Várias medidas que foram tomadas pelo governo pararam no Congresso e no Supremo”. O ministro citou a suspensão do projeto de escola sem partido, da nomeação de Alexandre Ramagem para diretor-geral da Polícia Federal e do compartilhamento de nomes, telefones e endereços das pessoas por empresas de telefonia ao IBGE pelo STF, além da abertura do inquérito das fake news que atinge aliados de Bolsonaro.

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