Governo investirá R$ 1,2 bi em estrutura local dedicada à terra yanomâmi, diz Rui Costa

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta terça-feira, 9, que o governo criará uma estrutura para coordenar localmente as ações relacionadas à terra indígena yanomâmi, em Roraima. Cerca de R$ 1,2 bilhão serão dedicados às ações federais na região em 2024, de acordo com o ministro. Segundo Rui Costa, depois do Carnaval, o governo anunciará as ações com mais detalhes.

O ministro deu as declarações depois de reunião com outros ministros e com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizada no Palácio do Planalto para avaliar as ações do governo na área e planejar as próximas. “O grosso do trabalho de combate ao crime organizado foi feito de forma vitoriosa. O que não significa que não tenha mais garimpeiro e criminoso na região”, declarou Costa a jornalistas.

O ministro da Casa Civil disse que haverá uma migração de “ações emergenciais para estruturantes”. No ano passado, foram divulgadas imagens de indígenas da etnia desnutridos e com o modo de vida ameaçado por garimpeiros. O governo elaborou medidas de assistência e combate ao crime emergenciais na ocasião.

“Casa de governo”

O plano mencionado por Costa é criar uma “casa de governo” em Roraima. Ou seja, uma coordenadoria local e permanente de ações do governo federal para a região. Haveria, por exemplo, três bases dentro da terra indígena.

Esse novo órgão deverá incluir os ministérios com ações relativas aos yanomâmis, como Justiça, Saúde, Povos Indígenas, Assistência Social e Defesa. As Forças Armadas deixarão em março de cuidar da parte logística das ações de assistência, mas também farão parte da estrutura – assim como a Polícia Federal.

As medidas do governo no ano passado retiraram milhares de garimpeiros da terra indígena, mas ainda haveria atividades desses grupos. Teriam sido realizadas 400 operações, e R$ 600 milhões em apreensões.

Respeito cultural

De acordo com Rui Costa, também haverá ações para recuperar o modo de vida dos yanomâmis – como reestruturar suas operações de pesca e lavoura. Isso reduziria, por exemplo, a necessidade de entrega de alimentos. Ainda haveria uma nova estrutura para Casa de Saúde Indígena em Roraima.

Estavam com Rui Costa na entrevista coletiva os seguintes ministros: Paulo Pimenta (Secom), Sonia Guajajara (Povos Indígenas), Wellington Dias (Assistência Social), Márcio Macêdo (Secretaria Geral), Nísia Trindade (Saúde), Marina Silva (Meio Ambiente) e Sílvio Almeida (Direitos Humanos). Também os presidentes do Ibama, Rodrigo Agostinho, e da Funai, Joenia Wapichana.

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