Guedes quer cortar até R$ 40 bi em subsídios para baixar IR de empresas

A equipe econômica pretende abrir uma guerra política entre as milhares de empresas brasileiras e uma fração de companhias gigantes dos setores de bebidas e de produtos petroquímicos. O objetivo é conseguir atrelar uma redução maior do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) para todas as firmas do País a um corte expressivo de subsídios tributários (a arrecadação de que a União abre mão) que são usados apenas por alguns grandes conglomerados.

Diante da gritaria do setor produtivo contra a proposta do governo de voltar a taxar os dividendos pagos pelas empresas a seus acionistas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, determinou que sua equipe prepare uma lista de subsídios que deverão ser incluídos já na proposta de reforma do Imposto de Renda enviada ao Congresso há duas semanas.

Pelo texto inicial do governo, a alíquota do IRPJ cairia 5 pontos porcentuais – de 25% para 20% – em dois anos, metade em 2022 e a outra no ano seguinte.

O ministro, porém, já admite em conversas com interlocutores que a Economia calibrou mal o corte. Segundo fontes, Guedes já daria como certa uma redução de 5 pontos de uma vez só, já a partir de 2022.

Agora, o ministro busca uma tesourada substancial nos subsídios para compensar uma queda ainda maior da alíquota. Pelos cálculos do ministério, a retirada de R$ 20 bilhões em subsídios poderia abrir caminho para um corte de 7,5 pontos porcentuais, cenário em que a alíquota do IR das empresas cairia para 17,5%.

Esse valor é definido hoje como o mais factível por técnicos do governo. Mas Guedes tem falado em tentar cortar até R$ 40 bilhões já neste ano. Neste caso, seria possível reduzir o IR de todas as empresas em até 10 pontos de uma só tacada – para 15%.



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